quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Todo canto é litúrgico?

Alguém me perguntou esses dias:
Pe. Fróes, todo canto é litúrgico?


Eu disse não. Para um canto ser litúrgico, tem que expressar sua função Ministerial:

- Ser tirado ou inspirado das Sagradas Escrituras.
- Deve exprimir com mais suavidade a oração.
- Favorecer a unanimidade, consenso dos corações;
- Deve dar maior sobriedade aos ritos sagrados.

Vejam, o canto de animação é diferente do litúrgico. O canto de animação é usado na catequese, na Pastoral da Juventude, nos encontros de Pastoral Familiar, “Shows de músicas religiosas”, etc.

O canto é litúrgico quando está a serviço do Mistério Celebrado ou quando evoca e leva a viver o Mistério Pascal (Paixão-Morte e Ressurreição de Cristo) que está sendo celebrado.

Nem todos os cantos religiosos são próprios para a liturgia. Eles devem ser cantos litúrgicos, adaptados na sua estrutura e conteúdo às várias partes da Celebração.

Por isso, não é aconselhável que músicas de cantores românticos, populares, carismáticos e protestantes, sejam cantadas durante as ações litúrgicas, porque não foi a intenção, a motivação e a inspiração desses compositores, a Sagrada Liturgia.

- Pode-se dançar na Igreja?

Sim, com certeza, vejamos: - O Estudo 79 da CNBB, “A música Litúrgica no Brasil” fala da importância da dança nas celebrações: “A dança litúrgica não é elemento ornamental ou decorativo, introduzido na liturgia, mas faz parte da oração comunitária da Igreja com a função própria de ajudar a assembléia a entrar em contato com o mistério celebrado” .

Nosso corpo, sensível e dócil ao movimento, é uma fonte inesgotável de expressão. Por isso, na liturgia têm importância os gestos, as posturas, as caminhadas e as danças ( Cf. 79, n. 207).


Um abraço,
Pe. Fróes.

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