quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Todo canto é litúrgico?

Alguém me perguntou esses dias:
Pe. Fróes, todo canto é litúrgico?


Eu disse não. Para um canto ser litúrgico, tem que expressar sua função Ministerial:

- Ser tirado ou inspirado das Sagradas Escrituras.
- Deve exprimir com mais suavidade a oração.
- Favorecer a unanimidade, consenso dos corações;
- Deve dar maior sobriedade aos ritos sagrados.

Vejam, o canto de animação é diferente do litúrgico. O canto de animação é usado na catequese, na Pastoral da Juventude, nos encontros de Pastoral Familiar, “Shows de músicas religiosas”, etc.

O canto é litúrgico quando está a serviço do Mistério Celebrado ou quando evoca e leva a viver o Mistério Pascal (Paixão-Morte e Ressurreição de Cristo) que está sendo celebrado.

Nem todos os cantos religiosos são próprios para a liturgia. Eles devem ser cantos litúrgicos, adaptados na sua estrutura e conteúdo às várias partes da Celebração.

Por isso, não é aconselhável que músicas de cantores românticos, populares, carismáticos e protestantes, sejam cantadas durante as ações litúrgicas, porque não foi a intenção, a motivação e a inspiração desses compositores, a Sagrada Liturgia.

- Pode-se dançar na Igreja?

Sim, com certeza, vejamos: - O Estudo 79 da CNBB, “A música Litúrgica no Brasil” fala da importância da dança nas celebrações: “A dança litúrgica não é elemento ornamental ou decorativo, introduzido na liturgia, mas faz parte da oração comunitária da Igreja com a função própria de ajudar a assembléia a entrar em contato com o mistério celebrado” .

Nosso corpo, sensível e dócil ao movimento, é uma fonte inesgotável de expressão. Por isso, na liturgia têm importância os gestos, as posturas, as caminhadas e as danças ( Cf. 79, n. 207).


Um abraço,
Pe. Fróes.

OS DOGMAS DA IGREJA

Olá, Saudações!!!

Saber sobre a Doutrina Católica é o primeiro passo para segui-la. Como dissemos que somos católicos se não sabemos o que rege essa religião? Não são meras “regras”, mas caminhos a serem seguidos, auxílios no entendimento do sagrado, os quais são fundamentais para termos um encontro maior com Deus. Sendo assim, a base dogmática da Igreja Católica Apostólica Romana está no Credo que é professado nas Missas e ele pode ser visto em assuntos bem distintos, como mostra o esquema abaixo.

Lembro que essa singela lista traz alguns temas, sendo assim, você precisa ter o Catecismo da Igreja Católica para poder ter um pleno conhecimento sobre esses e outros importantes tema sobre a Fé, a Bíblia, Jesus Cristo, a tradição e a Igreja.


• Dogmas sobre Deus

- A Existência de Deus
- A Existência de Deus como Objeto de Fé
- A Unicidade de Deus
- Deus é Eterno
- Santíssima Trindade

• Dogmas sobre Jesus Cristo

- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência
- Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam
- Cada uma das duas naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física
- Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus
- Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício
- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz
- Ao terceiro dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos
- Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direita de Deus Pai

• Dogmas sobre a Criação do Mundo

- Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada
- Caráter temporal do mundo
- Conservação do mundo

• Dogmas sobre o Ser Humano

- O homem é formado por corpo material e alma espiritual
- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação
- O homem caído não pode redimir-se a si próprio

• Dogmas Marianos

- A Imaculada Conceição de Maria
- Maria, Mãe de Deus
- A Assunção de Maria
- A Virgindade de Maria

• Dogmas sobre o Papa e a Igreja
- A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo
- Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado de jurisdição


- O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja
- O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex catedra
- A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

• Dogmas sobre os Sacramentos

- O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo
- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento
- A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo
- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação
- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo
- Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue
- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
- O matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento

• Dogmas sobre as Últimas Coisas (Escatologia)

- A Morte e sua origem
- O Céu (Paraíso)
- O Inferno
- O Purgatório
- O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo
- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia
- O Juízo Universal



Juberto Santos

FONTES
Catecismo da Igreja Católica, Bíblia Ave-Maria, textos e sites diversos.

CATOLICISMO X PROTESTANTISMO - PARTE 5

17. VALOR DOS MILAGRES
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OBJEÇÃO : Os católicos acreditam que os milagres acontecem em Lourdes, Fátima, etc., e aprovados pelas Comissões Internacionais de médicos e teólogos, testemunham a veracidade da Igreja Católica. Os “crentes” não lhes dão importância.

RESPOSTA : Na Bíblia, desde a vocação de Moisés, o milagre era tido pelos homens retos, como sinal da presença de Deus, da aprovação divina duma pessoa e da missão profética a ela confiada. Somente os orgulhosos e perversos não reconheciam este sinal de Deus. Daí a Bíblia louvar os que aceitavam e se alegravam com os milagres, e reprovar os endurecidos que não os aceitavam. Vejamos alguns exemplos da correta e incorreta atitude em face de milagres.

Em Ex 4,1-9 lemos, como Deus concebeu a Moisés ostentar 3 milagres diante do povo e do Faraó, como prova de ser ele enviado por Deus. Atitude correta : Ex 4,31: “O povo acreditou, E ao ouvirem que Javé visitava os filhos de Israel,... inclinaram-se e o adoraram.” Atitude incorreta : Ex 7,13 : “O coração do faraó continuou endurecido, e não lhe deu atenção como Javé tinha predito.” ( - e continuou endurecido apesar das 10 pragas com as quais foi castigado.)

Um dos poucos milagres permanentes, confirmados cientificamente, pode ser observado cada dia na Igreja de Lanciano na Itália, - onde no século VII, durante a Consagração, na Missa dum padre Basiliano, o pão e o vinho consagrados, mudaram-se visivelmente em Corpo e Sangue (de Jesus). Colocados num belo reliquiário, guardam-se frescos, sem se estragar, até hoje. Em 1970 o bispo de Lanciano requisitou uma equipe de especialistas, de alto gabarito, para examinar estas relíquias. O veredicto era o seguinte:

18 . O DOM DAS LÍNGUAS
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PERGUNTA: Nas reuniões dos “crentes”, sobretudo Pentecostais, manifesta-se freqüentemente o dom das línguas, considerado por eles como presença do Espírito Santo e confirmação de veracidade da seita. O que diz a Bíblia?

RESPOSTA : 1) É verdade que a manifestação das línguas e de outros carismas, é na Bíblia chamado simplesmente: “descida do Espírito Santo”. (At 2,4-6; 8,15-19; ,10,44-48). Porém nestes acontecimentos tratava-se sempre de comunidades unidas e obedientes aos Apóstolos. E aqueles que receberam os dons extraordinários do Espírito Santo, aceitaram também os sacramentos iniciais, de batismo e crisma (“impondo-lhes as mãos”).

Contudo, os carismáticos não seguem as regras expostas por São Paulo (e inspirados pelo Espírito Santo) em I Cor 14,19 e 27-28: “Na assembléia, eu prefiro dizer cinco palavras com a inteligência, a fim de poder instruir também os outros, do que dez mil palavras em virtude do dom das línguas”; e a outra regra: “...se não houver quem possa interpretar (a língua desconhecida), guardem silêncio na assembléia, eles ficam falando somente consigo e com Deus.”

19 . ESPIRITISMO E CRISTIANISMO
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PERGUNTA : Pode um cristão ser espírita ou umbandista e freqüentar suas sessões?

RESPOSTA : Não ! O espiritismo nega algumas verdades essenciais da doutrina cristã; ensina reencarnação; E o que diz a Bíblia sobre as práticas espíritas? Lemos em Dt 18,9-14: “Não se achará no meio de ti quem pratique a adivinhação, o sortilégio, a magia, o espiritismo, a evocação dos mortos: porque todo homem que fizer tais coisas constitui uma abominação para o Senhor.” Lev 20,6-27: “Se uma pessoa recorrer aos espíritas, adivinhos, para andar atrás deles, voltarei minha face contra essa pessoa e a exterminarei do meio do meu povo.” “Qualquer mulher ou homem que evocar espíritos, será punido de morte.” Sendo assim, não haveria porque adotar tais práticas!

CATOLICISMO X PROTESTANTISMO - PARTE 4

14 . PURGATÓRIO
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OBJEÇÃO : Os católicos acreditam na existência do purgatório, mas a bíblia não fala dele!

RESPOSTA: Os que morrem na graça e amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu. A Igreja denomina Purgatório sendo esta purificação final dos eleitos que é completamente distinta do castigo dos condenados. Podemos, conforme 2 Macabeus 12, 41 - 46, rezar com muita confiança para que Deus santifique e purifique as almas de nossos irmãos já mortos e os conduza à glória da vida eterna: “41Bendisseram, pois, a mão do justo juiz, o Senhor, que faz aparecer as coisas ocultas,42e puseram-se em oração, para implorar-lhe o perdão completo do pecado cometido. O nobre Judas falou à multidão, exortando-a a evitar qualquer transgressão, ao ver diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados. 43Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, 44porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. 45Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, 46era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.” Então, o que podemos fazer pelos nossos mortos e pelas almas do Purgatório? Podemos rezar, fazer caridade, rezar o terço, mandar rezar uma missa tendo em mente estas intenções, conforme a passagem acima.

15 . SANTIFICAÇÃO DO SÁBADO OU DOMINGO ?
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OBJEÇÃO : A Bíblia ordena (Ex 20,8s): “Lembrem-te de santificar o dia de Sábado”. Por que , então, os católicos guardam o Domingo ?

RESPOSTA: Em Mc 2,27-28 afirma Jesus : “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. Por isso o Filho do Homem é Senhor também do sábado.” Sendo, pois, Senhor do sábado, Jesus transferiu a santificação deste dia para o Domingo, o dia da Ressurreição e da vinda do Espírito Santo à Igreja da Nova e Eterna Aliança, como atesta a tradição cristã. (Mc 16,9 e At 2,1).

Podemos ver provas indiretas da santificação do Domingo já no tempo dos Apóstolos achamo-las em At 20-7: “No primeiro dias da semana (domingo), estando nós reunidos para a fração do pão (santa missa), Paulo falava...”
No Último livro da Bíblia, no Ap 1,10 São João Evangelista já usa nova denominação cristã, “Domingo” - “Dia do Senhor”, em lugar do judaico “primeiro dia da semana”, ou romano “dia do sol”, - testemunhando de que já naquela época os cristãos celebravam este dia, chamando-o “Dia do Senhor - Ressuscitado”.
O “Sábado” bíblico, na língua hebraica, está relacionada com “descanso” e com sétimo dia. Os cristãos, desde o primeiro século, escolheram para o dia do descanso, o dia histórico de domingo, o dia da Ressurreição de Jesus Cristo.

16 . PAGAMENTO PELOS BATIZADOS E CASAMENTOS
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OBJEÇÃO: Porque os padres católicos cobram pelos batizados, casamentos e Missas, quando lemos na Bíblia, (Mt 10,8), “Dai de graça o que de graça recebeste”?

RESPOSTA: Neste trecho de São Mateus, Jesus ordena: “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios. Dai de graça o que de graça recebestes”.

A cobrança não é obrigatória. Caso a pessoa não tenha como contribuir, esta pode marcar missas e batizados sem que seja pago nenhum centavo, porém há de observar que o que é arrecadado visa manter a igreja que é de todos. A cobrança não é contrária à Bíblia que diz: “O que é catequizado na palavra, reparta de todos os bens com o que catequiza” ( Gal 6,6 ).

CATOLICISMO X PROTESTANTISMO - PARTE 3

. A BÍBLIA - A ÚNICA FONTE DA FÉ ?
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OBJEÇÃO : Para os protestantes a Bíblia é a única fonte da fé e da revelação divina, enquanto os católicos reconhecem 3 fontes : “A Bíblia, a tradição apostólica e o magistério da Igreja”. Quem tem razão?

RESPOSTA : a Igreja Católica discorda. Vejamos a ordem em que as coisas aconteceram:

1º) Jesus escolheu, autorizou e enviou os Apóstolos, sob a presidência de Pedro, a evangelizar todos os povos [“Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinar todos os povos (...) ensinando-os a observar tudo o que vos mandei ”. (Mt 28,18-20)], estabelecendo-se assim o Magistério da Igreja.
2º ) Este ensinamento, oral e pelas cartas, foi transmitido pelos Apóstolos (como Tradição Apostólica) aos bispos e presbíteros por eles escolhidos e consagrados [ II Ts 2,15: “Conservai as tradições que aprendestes ou por nossas palavras ou por nossa carta”]. Outros exemplos: Mt 1,5: II Tim 2,12, I Pd 5,1-2.
3º) Somente depois de mais de 2 séculos o Papa reunido com os Bispos em Concílio e declarou uma parte destes escritos da Tradição como Cânon de Livros Sagrados ou Sagrada Escritura, ou seja, pertencente à Bíblia: reservando-se o direito e a obrigação de vigiar sobre sua autêntica interpretação, de acordo com a Tradição Apostólica. Na Bíblia podemos ver fato semelhante em At 15,6-29, quando Pedro esteve reunido com os Apóstolos e presbíteros em Jerusalém (conforme faz o Vaticano, Magistério da Igreja) para resolver questões ligadas às vontades de Deus.


10 . BÍBLIA - E SEITAS
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PERGUNTA : A Bíblia aprova as seitas ou as condena ?

RESPOSTA : para o povo da Nova Aliança previu Deus o mesmo regime de um só governo, vejamos a profecia de Daniel (Dan 2,44): “No tempo desses reis ( do império Romano), o Deus do céu suscitará um reino que jamais será destruído... e subsistirá para sempre”. Este governo é a Igreja Católica, confiada por Jesus a Pedro, e governada até hoje por seus sucessores, os Papas.
Em todos os livros Sagrados não encontraremos uma só frase favorável à divisão da Igreja de Cristo em seitas autônomas! Pelo contrário, lemos no Evangelho de Jo 11,51-52 o oráculo divino: “Jesus deveria morrer pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos”. Lamentavelmente, as seitas promovem o contrário : a divisão daqueles que seguem a Deus!
Vejamos ainda outras passagens bíblicas do Novo Testamento sobre as seitas : At 20,28-31, II Pd 2,1s, Gal 1,7-9 Rom 16,17-18, Tt 3,10-11, II Tim 4,3-6.  É hora de abrir a Bíblia! Cada um lerá uma passagem.


11 . PECADORES NA IGREJA CATÓLICA
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ACUSAÇÃO : Na Igreja Católica há tantos pecadores: assassinos, ladrões, viciados, etc., por isso ela não pode ser a verdadeira Igreja de Cristo ?

RESPOSTA : Cristo veio para os pecadores, conforme podemos ver em Ez 33,11: “Não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva”. Se analisarmos, a casa de Deus Pai (a Igreja) é o Hospital da Alma. A Igreja é o lugar onde aqueles que pecam estão buscando a LUZ, e aqueles que já encontraram o caminho da luz têm ajudando e buscando aqueles que ainda não a encontraram.



12 . VIRGINDADE DE MARIA
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OBJEÇÃO : Os católicos ensinam que Maria ficou sempre virgem. Porém, em vários lugares da Bíblia (por ex. Mc 3,31-32) lemos de irmãos de Jesus. Portanto Maria devia ter outros filhos, além de Jesus!

RESPOSTA : Na linguagem bíblica, “irmão” é freqüentemente usado em lugar de primo, sobrinho, tio, parente. Por ex. em Gen 11,27-31 consta claramente que Ló era filho de Aran - irmão de Abraão, portanto seu sobrinho.
Como fiel observador da Lei de Moisés, Jesus não podia, na hora de sua morte na cruz, confiar sua Mãe a João Apóstolo (Jo 19,26) mas devia a tê-la confiado ao filho mais idoso dela, se ela de fato os tivesse concebido.
Consequentemente, os “Irmãos” (primos, parentes) de Jesus, tão freqüentemente mencionados nos escritos do Novo Testamento, nunca são chamados filhos de Maria, nem filhos de José, confirmando a tradição apostólica. Até os Muçulmanos, nos seus livros sagrados, veneram a Mãe de Jesus como Virgem.


13 . VENERAÇÃO À MARIA E AOS SANTOS
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ACUSAÇÃO : Esta veneração e intercessão é contrária ao ensinamento da Bíblia que diz: (Lc 4,8) “Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás” e em (I Tim 2,5) “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Homem”.

RESPOSTA : a ) Os católico distinguem claramente entre culto de adoração. Adoração somente a Deus. Veneração, - que implica apenas: respeito, admiração, amor, etc., como se costuma demonstrar aos pais virtuosos, ou heróis da pátria ou a Igreja, erguendo em honra deles monumentos, e dando seus nomes a cidades, montanhas, praças, ruas, etc. Até o próprio Deus venera os nomes dos santos patriarcas, permitindo na Bíblia ser denominado “o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó” ( Ex 3,6 ).
Em Lc 1,48, vemos claramente a importância de Maria: “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada...”.
Sobre a Intercessão, a própria Bíblia aplica o título de “mediador” também a Moisés (Dt 5,5): “Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós”.
E São Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e homens, indica também mediador “secundário” ( I Tm 2,15 ) : “Recomenda que se façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens...”Pois, fazer orações por outros, é de fato , ser intercessor e mediador entre Deus e os outros. Portanto, as palavras de S. Paulo: “Há um só mediador entre Deus e homens, Jesus Cristo, Homem”, a tradição apostólica as entendia desta maneira : Jesus Cristo é único Mediador (primeiro) que nos mereceu todas as graças e a salvação eterna, pela sua vida, morte e ressurreição. Só ele nos dar dos seus méritos, sem recorrer a nenhum outro mediador.
Enquanto a V. Maria e os Santos intercedem por nós pecadores, como mediadores secundários, por meio de Jesus, recorrendo a seus méritos e sua mediação. Por isso, cada oração litúrgica termina : “Por nosso Senhor Jesus Cristo...”
Assim, Jesus intercede junto a DEUS PAI. Os Santos e Maria intercedem por nós junto a Jesus. E nós intercedemos por nossos amigos em orações, pedindo aos Santos e ao próprio Jesus que intercedam por nós junto a Deus Pai.

CATOLICISMO X PROTESTANTISMO - PARTE 2

5 . CASAMENTO - SACRAMENTO INDISSOLÚVEL ?
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ACUSAÇÃO : Por que a Igreja católica proclama o matrimônio como sacramento indissolúvel ? Os outros crentes adotam simplesmente a lei civil sobre o casamento e o divórcio. Qual é o ensinamento da Bíblia ?

RESPOSTA : A Bíblia não deixa nenhuma dúvida a respeito da indissolubilidade do matrimônio em Mt 19,3-9. “Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”. Jesus disse: “ Todo o que despedir a própria mulher e casar-se com outra, comete adultério; e quem casar-se com uma repudiada, comete adultério”.
Mesmo que a Igreja Católica nunca aprove o divórcio, em alguns casos o Tribunal Eclesiástico do Matrimônio pode declarar a nulidade dum “matrimônio”, quando depois de séria investigação fica provado que, na celebração de tal “casamento” na igreja, faltaram condições essenciais para sua validade, exigidas pela lei da Igreja, ( idade, liberdade, etc. ). Isso não é concessão do divórcio, mas apenas uma declaração de que - apesar da cerimônia religiosa, - o tal “matrimônio” não era validamente contraído, isto é, nunca se realizou.

6 . CASAMENTO DOS PADRES ?
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Por que os Padres católicos não se casam ? Assim haveria mais vocação e menos escândalos. A própria Bíblia o recomenda em I Tim 3,2 : “É necessário que o bispo seja irrepreensível ; que tenha casado com uma só mulher...”

RESPOSTA : S. Paulo não era casado. ( veja I Cor 7,8 ). Numa das suas cartas ele recomenda : Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo”. A Igreja Católica reconhece que a exigência do celibato dos padres não é lei divina, mas de lei eclesial, que em circunstâncias especiais poderia ser abolida, mas opta pela maior perfeição, já que por este motivo os Apóstolos de Jesus deixavam a convivência matrimonial e familiar, para se dedicar inteiramente à propagação do Reino de Deus, - como consta de Lc 18,28-30: “Disse depois Pedro: “Eis que nós deixamos tudo o que nos pertence para te seguir”. Ele respondeu-lhes: “Em verdade vos digo, não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba o múltiplo no tempo presente, e no século que há de vir, a vida eterna”. Assumindo livremente o celibato, o sacerdote imita a maneira de viver de Jesus - celibatário, - inteiramente dedicado às coisa do Pai e de seu Reino.

7 . O PAPA
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OBJEÇÃO : O Papa é a predita besta do apocalipse ! Pois em Ap 13,18 lemos : “Quem tem inteligência, calcule o número da besta, porque é número de homem : este número é 666 ”. Ora, o Papa é chamado “Vigário do Filho de Deus”, o que se escreve em latim : Vicárius Filii Dei. Somando as letras que em latim tem valor de algarismos (do sistema romano para o decimal), dá soma igual a 666 ! :

RESPOSTA : “O texto do Apocalipse ( Ap 13,18 ) exige que a Besta seja um homem, e não um cargo ( de chefe da Igreja Católica) ocupado até agora por 264 Papas. As pessoas quando querem justificar uma coisa, inventam mil desculpas. Além disso, nenhum Papa usou o título de “Vigário do Filho de Deus”. Costumam chamar-se “Servo dos servos de Deus”, “Bispo de Roma”, “Vigário de Jesus Cristo”, “Patriarca do Ocidente”, etc.
Para os verdadeiros cristãos o Papa é sempre o sucessor de S. Pedro, atribuindo-lhe as seguintes promessas de Cristo : Mt 16,18 : “Eu digo : tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja (...) A ti darei as chaves do Reino dos céus...”
Para aqueles que ousam chamar o Papa de Anticristo, que deve aparecer pelo fim do mundo, responde João Apóstolo na sua carta ( I Jo 2,18-19) : “O anticristo está para vir, mas digo-vos que já agora há muitos anticristos... Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos ; porque, se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco”. É claro que S. João era sempre unido a S. Pedro e seus sucessores. Portanto o Anticristo sairá das fileiras que abandonaram a Igreja Apostólica.

8 . INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA
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OBJEÇÃO : Os protestantes proclamam a plena liberdade individual na interpretação da Bíblia. Por que a Igreja Católica não a permite ?

RESPOSTA : a ) O triste resultado da livre interpretação da Bíblia pelos protestantes é a divisão em milhares de seitas, contrária à vontade e oração de Jesus na Última Ceia: (Jo 17,20-21). “Não rogo só por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam uma só coisa, assim como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti ; também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste”. Outro lastimável efeito nestas seitas é a negação de alguns sacramentos e muitas verdades importantes, contra a expressa ordem de Cristo: (Mt 28,19-20) “Ide, pois, ensinar todos os povos... ensinando-os a observar tudo o que vos mandei ”.

Alguns protestantes argumentam em favor da livre interpretação da Bíblia com as palavras de S. Paulo (IITim 3,14-17 ) : “ Desde a infância você conhece as Escrituras ... Toda a Escritura divinamente inspirada é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda a obra boa”. Pois bem; claro mas a obra boa por excelência , recomendada por Jesus e igualmente por S. Paulo , repetidas vezes , é a união de todos os cristãos na mesma Igreja -o Corpo místico de Cristo, na mesma fé, na mesma doutrina e tradição apostólica . Pelo contrário , as divisões e seitas são a pior obra, nascida por uso leviano e lamentável abuso da Bíblia.
Escutemos, ainda, as claras palavras advertências bíblicas da carta de S. Pedro : ( II Pd 1,20 ) “Sabei porém , antes de tudo , que toda profecia contida na Escritura não será sujeita à interpretação particular”. E mais para frente ele escreve: (II Pd 3,16) “Nas quais (cartas de S. Paulo) há algumas coisas difíceis, que os indoutos e inconstantes adulteram , como fazem com outras escrituras, para própria perdição”.
Mensagem para os Católicos: “Quem vos ouve, a mim ouve ; quem vos despreza, a mim despreza;

CATOLICISMO X PROTESTANTISMO - PARTE 1

1 . VENERAÇÃO DE IMAGENS

ACUSAÇÃO DOS PROTESTANTES: <>

RESPOSTA : “O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e coloca-los por cima da Arca da Aliança ( Ex 25,18-20 ). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas ( Num 21,8-9 ) . Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões ( I Reis 6,23-35 e 7,29 ), etc.” Deus proíbe apenas fazer imagens de deuses falsos, e adorá-los - como o faziam os vizinhos pagãos, - mas Ele não proíbe fazer outras imagens.
Eis o verdadeiro sentido desta proibição bíblica, no seu contexto : “Eu sou o Senhor teu Deus que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura alguma do que (daqueles falsos deuses, que na errada imaginação dos pagãos) está em cima nos céus, ou debaixo sobre a terra, ou nas águas, de baixo da terra. Não te prostrarás diante deles e não lhes prestarás culto, ( à imitação dos pagãos ),( Ex 20,2-5 ). Esta proibição, intencionada por Deus, repete-se em vários lugares da Bíblia, como por ex. “Não adores nenhum outro deus” ( Ex 34,14 ) ou “Não farás para ti deuses fundidos “ ( Ex. 34-17 ) .
Assim, entendemos que o Deus que devemos adorar é o ÚNICO que existe. As imagens, como as fotos, são apenas lembranças, recordações que nos fazem continuar nossa luta cristã.

2 . BATISMO

ACUSAÇÃO DOS PROTESTANTES: <>

RESPOSTA : “Onde estão as provas bíblicas para esta afirmativa? Eles não existem! Alguns textos falam de batismo por imersão. Outros textos bíblicos indicam o batismo feito por imposição. Em At 8,36-38 lemos sobre o batismo feito pelo diácono Filipe, no caminho entre Jerusalém e Gaza, onde não existe nenhum rio ou lagoa, em que seria possível batizá-lo por imersão. Exemplos de passagens: At 9,18-19 relata o batismo de Saulo convertido numa casa de Damasco. Em Filipos (At 16,33) S. Paulo batizou o carcereiro. Na “nova e Eterna Aliança” o batismo substituiu a circuncisão da Antiga Aliança”, como rito da entrada para o povo escolhido de Deus. Se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8º dia depois do nascimento, sem exigir deles uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências. Conforme ordem de Jesus (Mt 28,18-20): “Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. 19Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 20Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” Desta forma, como o próprio Cristo nos pediu, a Igreja Católica continua batizando a todos!

3 . CONFISSÃO

ACUSAÇÃO DOS PROTESTANTES: <>

RESPOSTA : “Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados, e até taxava de blasfemador, eram os orgulhosos escribas. Jesus , porém, lhes respondeu (Mc 2,10) : “Para que saibais que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados...”
Em uma das passagens, Cristo confia a Simão Pedro a Igreja, que hoje é chamada de Católica. Jesus disse que tudo o que Pedro ligasse ao céu, Ele (Jesus) também ligaria, e o que Pedro desligasse, Jesus também desligaria. Pedro hoje, é representado pelo nosso Papa, que também se faz presente na figura de nossos sacerdotes. Por isso contamos nossos erros aos nossos padres e eles ligam ou desligam ao céu, assim como foi a vontade de Jesus.

4 . COMUNHÃO

ACUSAÇÃO DOS PROTESTANTES: <>

RESPOSTA: “A Comunhão sob uma ou duas espécies não constitui essencial diferença já que em cada pedacinho de pão e em cada gota de vinho consagrado recebemos Jesus inteiro, vivo e ressuscitado; como consta claramente de suas palavras ( Jo 6, 51-56)”:
“51Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. 52A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne? 53Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.”.
Claro, não é um pouquinho de carne ou sangue que recebemos na santa Comunhão, mas o “EU” de Jesus: a Pessoa do Filho de Deus Encarnado - nosso Salvador.
Por isso os primeiros cristãos costumavam levar aos encarcerados pela fé, somente o pão consagrado; e os doentes que não conseguem engolir um pedacinho da hóstia consagrada, a Igreja recomenda administrar algumas gotas do vinho consagrado. E em grupos, menores e bem preparados, pode-se administrar a Santa Comunhão sob duas espécies. O que mais importa é a viva fé, humildade diante deste Santíssimo Sacramento do Amor !
E continuamos a comungar, pois seguimos estas palavras do Santo Evangelho: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós” ( Jo 6,53).

DEFESA DA FÉ : PEDRO ERA UM SIMPLES PRESBÍTERO? COMO DIZEM OS PROTESTANTES?

DEFESA DA FÉ : PEDRO ERA UM SIMPLES PRESBÍTERO? COMO DIZEM OS PROTESTANTES?

Enviado por doutrina em 26/06/2011 05:26:00
Autor: Rafael Rodrigues
Fonte: http://sadoutrina.wordpress.com/2011/06/16/pedro-era-um-simples-presbitero/




Em vários sítios de apologética protestantes, muitos textos contra o primado de Pedro vêm falando que Pedro Príncipe dos Apóstolos se denominava um simples presbítero logo não gozava de nenhuma suprema autoridade sobre a Igreja, o que não lhe fazia em nada um Papa, apenas um simples sacerdote da Igreja.

O texto em que se baseiam é 1 Pedro 5, 1 onde lêem “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:” (Tradução João Almeida)

Presbitero em algumas Igreja protestantes “reformadas” diz respeito ao líder espiritual de uma comunidade, algumas outras afirmam que presbitero é um pastor.

Na Igreja católica o título prebítero é vulgarmente atribuido aos padres ordenados.

Mas será que Pedro quis dizer realmente que ele era um presbítero no sentido de um simples pastor da Igreja? Vamos fazer uma exegese mais acurada do texto em grego:

Πρεσβυτέρους τοὺς ἐν ὑμῖν παρακαλῶ ὁ συμπρεσβύτερος καὶ μάρτυς τῶν τοῦ χριστοῦ παθημάτων, ὁ καὶ τῆς μελλούσης ἀποκαλύπτεσθαι δόξης κοινωνός• (1Pe 5, 1 )

A palavra Πρεσβυτέρους (do grego antigo “πρεσβύτερος” de “πρέσβυς”) em negrito no texto, apesar de se pronunciar como “presbíteros” tem sua tradução não como “presbítero” como vulgarmente entendemos hoje, como um simples sacerdote da Igreja, mas sua real tradução significa, “Ancião”, logo Pedro não estava falando como um simples presbítero como imaginamos hoje, mais sim como um ancião que foi testemunha da paixão de Cristo.

E um presbítero , nas igrejas cristãs primitivas, era cada um dos anciãos aos quais era confiado o governo da comunidade cristã.

A palavra hebraica equivalente é za•qen e identificava os líderes do Antigo Israel, quer no Âmbito de uma cidade, da tribo ou em nível nacional.

Segundo o dicionário grego temos:

1. De idade avançada, freqüentemente subst. Pessoa (mais) velha Lc 15, 25; Jo 8, 9; At 2, 17; 1 Ti 5, 1b. De um período de tempo οἱ π. Homem antigo, nossos ancestrais Mt 15, 2; Mc 7, 3, 5; Hb 11, 2.

2. Como uma designação de um oficial idoso. presbitero.

Logo nenhuma tradução possível se encaixa como presbítero no sentido que entendemos hoje, de sacerdote, padre ou pastor.

Agora vamos analisar quantas vezes esta palavra Πρεσβυτέρους se repete na bíblia e a tradução João Almeida a traduz como ancião e não como presbítero:

Entre Judeus

Mt 16, 21

Grego:

Ἀπὸ τότε ἤρξατο ὁ Ἰησοῦς δεικνύειν τοῖς μαθηταῖς αὐτοῦ ὅτι δεῖ αὐτὸν ἀπελθεῖν εἰς Ἱεροσόλυμα, καὶ πολλὰ παθεῖν ἀπὸ τῶν πρεσβυτέρων καὶ ἀρχιερέων καὶ γραμματέων, καὶ ἀποκτανθῆναι, καὶ τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ ἐγερθῆναι.

João Almeida :

“Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.”

Mt 27:41

Grego:

“ Ὁμοίως δὲ καὶ οἱ ἀρχιερεῖς ἐμπαίζοντες μετὰ τῶν γραμματέων καὶ πρεσβυτέρων καὶ Φαρισαίων ἔλεγον”

João Almeida:

“E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo…”

A mesma coisa se repete em Mc 14, 43, 53; Lc 7, 3; 9, 22; At 4, 23; 6, 12.

Entre os Cristãos

At 11, 30

Grego

“ ὃ καὶ ἐποίησαν, ἀποστείλαντες πρὸς τοὺς πρεσβυτέρους διὰ χειρὸς Βαρνάβα καὶ Σαύλου.”

João Almeida

“O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.”

At 14, 23

Grego:

“ Χειροτονήσαντες δὲ αὐτοῖς πρεσβυτέρους κατ᾽ ἐκκλησίαν, προσευξάμενοι μετὰ νηστειῶν, παρέθεντο αὐτοὺς τῷ κυρίῳ εἰς ὃν πεπιστεύκεισαν. ”

João Almeida:

”E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao SENHOR em quem haviam crido.”

A mesma coisa se repete em 1 Tm 5:17,19; Tt 1, 5; Js 5, 14; 1 Pd5:5; 2 Jo 1; 3 Jo 1; Ap 4:4; 7:11.

Logo vemos que a Tradução João Almeida nada mais passa do que uma tradução tendenciosa. A palavra πρεσβυτέρους (ancião) se repete quase que 30 vezes no novo testamento e somente na que Pedro de refere a ele mesmo, a “João Almeida” traduz como presbítero. Logo na de Pedro!

E além de tudo os protestantes caem de boca em cima da passagem, não sabendo eles o real significadoe a morfologia da palavra e o como Pedro realmente se intitulou.

Apesar de hoje usarmos a palavra “Presbítero” como um sacerdote que preside uma Igreja particular, Pedro emprega o sentido etimológico da palavra que é “ancião” em oposição ao que ele vai falar aos Jovens no versículo 5 do mesmo capítulo onde lemos:

“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos . . .” (1 Peter 5, 5 – João Almeida)

Note que no versículo 1 já analisado a João Almeida traduz πρεσβυτέρους como Presbítero por que Pedro se referia a ele próprio, mas 4 versículos depois a mesma João Almeida traduz a mesma palavra πρεσβυτέρους como Ancião, logo podemos ver a tradução tendenciosa.

Por Que Pedro Não Poderia Ser Um Simples Presbítero, no sentido atual da palavra?

Existe uma hierarquia na Igreja e Pedro só poderia estar no todo dela, como apostolo:

Ef 4, 11 “A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores…”

Cada um na Igreja tem sua função logo, Pedro não teria 2 cargos:

1 Cor 12, 29 Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?

Pedro é notável e coluna da Igreja

Gl 2, 1-9

É freqüentemente chamado por Paulo de Cefas. Κηφᾶς, ᾶ, ὁ (Aramaico = ‘rocha’)

Jo 1, 42; 1 Cor 1, 12; 3, 22; 9, 5; 15, 5; Gal 1, 18; 2, 9, 11, 14.

Seu nome está na frente todas as listas dos apóstolos e dos grupo intimo de Jesus

Mt 10,2; Mt 17,1; Mt 26,37.40; Mc 3,16; Mc 5,37; Mc 14,37; Lc 6,14; At 1,13

Pedro- Pedra sobre a qual Jesus edificou sua Igreja

Mt 16,18

Jesus paga imposto por ele e por Pedro

Mt 17,26

Jesus confia aos apóstolos a papel de Ensinar as pessoas tudo que prescreveu

Mt 28,20

Pedro é sempre destacado dos demais apóstolos

Mc 1,36; Mc 16,7; Lc 9,32; Jo 13,6-9; Jo 21,7-8; At 2,37; At 5,29; ICor 15,5

Jesus Roga por Pedro para que ele Confirme os irmãos

Lc 22,31s

Cristo Ressuscitado aparece primeiro a Pedro

Lc 24,34; 1Cor 15,5s

Jesus manda Pedro a apascenta as ovelhas dele

Jo 21,15ss

É sempre ele que toma as decisões e toma a palavra entre os apóstolos

Mt 18,21; Mc 8,29; Lc 9,5; Lc12,41; Jo 6,67ss; At 1,15.22; At 2,14; At 10,1; At 15,7-12

Pedro realiza o primeiro milagre da Era da Igreja, curando um aleijado

At 3,6-12

Pedro lança a primeira excomunhão a Safira e Ananias

At 5,2-11

Pedro é a primeira pessoa após Cristo a ressuscitar um morto

At 9,40

Cornélio, o 1º pagão convertido, é orientado por um anjo a procurar Pedro para ser instruído no cristianismo

At 10,1-6

Pedro abre, preside e encerra o primeiro Concílio da Cristandade

At 15,7-11

S.Paulo vai conhecer Pedro e fica 15 dias com ele

Gál 1,18

Logo Pedro se referiu a ele mesmo como ancião e não como “presbítero” atual como andam colocam as palavras na boca de Pedro.

Fica provado portanto que Pedro nunca quis dizer que ele era um simples presbitério como pensam os protestantes e insinua a tendenciosa tradução João Almeida.

In Cord Jesu, Semper,

Rafael Rodrigues.

DEFESA DA FÉ : É BÍBLICO O PROTESTANTISMO?

DEFESA DA FÉ : É BÍBLICO O PROTESTANTISMO?
Enviado por Rafasoftwares em 26/06/2011 06:00:00 (851 leituras)
Autor: Rafael Rodrigues
Fonte: http://sadoutrina.wordpress.com/2011/04/19/e-biblico-o-protestantismo/



Provavelmente todos já ouviram de um protestante a seguinte frase:

“Nós cremos somente na Bíblia, e a Bíblia inteira é a única regra de fé para o cristão”

Está frase é como que um dogma para o protestantismo e reflete todo o pensamento da fundamental doutrina deste ramo religioso a “Sola Scriptura” ou somente as escrituras. Negam, portanto, os ensinamentos transmitidos oralmente por Cristo e os apóstolos conhecidos como Sagrada Tradição.

Baseados nisto vamos agora mostrar que há várias inverdades no uso desta frase por parte de protestantes e mostrar que de bíblicas suas principais doutrinas nada tem.

“A Tradição oral remonta ao próprio Cristo e aos Apóstolos. Ela é anterior à Escritura e se exprime nela. O ponto em que mais aparece a necessidade de algo anterior à Escritura, é a que se refere ao Cânon Bíblico: Com saber se um livro é ou não inspirado?

O próprio protestantismo, que afirma só reconhecer a Escritura, recorre necessariamente à Tradição Oral em 2 ocasiões:

1. Sem a Tradição oral, não se pode definir o catálogo sagrado, pois em nenhuma parte da Escritura está escrito quais os livros que, inspirados por Deus, a devem integrar. É preciso procurar a definição dos livros sagrados fora da Escritura: na Tradição. Ora Lutero e o Protestantismo recorreram a tradição dos judeus da palestina, enquanto a Igreja Católica, seguindo o uso dos Apóstolos, optara pela tradição dos judeus de Alexandria.

2. Na sua maneira de interpretar a Bíblia, os protestantes também recorrem a uma tradição. Pois embora o texto bíblico seja o mesmo para todas as denominações evangélicas, estas não concordam entre si, por exemplo, no que toca ao Batismo de criança, à observância do sábado ou do domingo, etc. As divergências não provêm do texto bíblico, mas da interpretação dada a este texto por cada fundador. Ou seja, dependem da tradição oral ou escrita que cada fundador quis iniciar na sua congregação. Assim, embora queiram rejeitar a Tradição Oral, o cristão a professa sempre: professa a Tradição oriunda de Cristo e dos Apóstolos, ou a tradição oriunda de Lutero, Calvino… Cada “profeta” protestante faz o que Lutero fez: rejeita a tradição protestante anterior e começa uma nova tradição: sim, lê a Bíblia ao seu modo e dela deduz proposições de fé e de moral que, segundo a sua intuição humana falível, lhe parecem mais acertada.

Assim, a Escritura, só, não pode ser, nem é no protestantismo, a única fonte de fé. Por outro lado, a Tradição Oral e o Magistério da Igreja só tem sentido se fazem eco à Sagrada Escritura.” (Dom Estevão Bettencourt, OSB; Apostila “Diálogo Ecumênico” , Escola Mater Ecclesiae)

Interessante cronologia:

1517: Monge Martinho Lutero Fixa suas 95 teses na porta do castelo de Wittenberg na Alemanha, defendendo as indulgencias, que é negada pela maioria dos protestantes e contestando muitas doutrinas da Igreja. Nasce então o protestantismo.

1521: Lutero começa a tradução da bíblia para o alemão, modificando algumas passagens e removendo livros da bíblia, 7 do antigo testamento e alguns do novo testamento como Tiago, Apocalipse e etc (Livros que não eram compatíveis com suas novas doutrinas), como base em que ele fez isto?

1524: Nascem então os anabatistas, (ou rebatizadores). Interpretavam as ousadamente as idéias de Lutero, e negavam o batismo de crianças, o que não era condenado por Lutero.

1525: Surgem várias revoltas de camponeses inspirados nas idéias de Lutero e eram incitados pelo anabatista Thomas Münzer. Lutero deixou o castelo onde estava e voltou a Wittenberg. Conseguiu apoio do braço secular para restabelecer a ordem, e teve que enfrentar os camponeses. Lutero optou pela sufocação violenta dos revoltosos, e Thomas Münzer foi decapitado, o que fez com que Lutero perdesse popularidade com o povo, pois o povo viu que sua nova “Igreja” era para os ricos e não para os pobres.

1534: Terminou a tradução da bíblia, no castelo onde permaneceu, durante este tempo sofreu crises nervosas muito violentas, que ele considerava como assaltos diabólicos. ¹

1537: Lutero devido a seus pensamentos de que não era digno de salvação e que nada que fizesse poderia contribuir para sua salvação, formulou então a doutrina da “Sola Fide” ou “somente a fé”, que diz que somente a fé pode nos salvar, as obras de nada adiantam, o que foi um dos motivos que o levou a arrancar da bíblia a epistola de Tiago, pois esta contradiz sua doutrina Cf. Tiago 2, 14-26.

Daí então foi um passo para a proliferação das novas seitas iluminadas pelas idéias de Lutero:

1534: Surge o Anglicanismo na Inglaterra, com o Rei Henrique VIII, por que o Papa não queria dar o divórcio ao ele e sua mulher.

1541: Calvino cria Calvinismo em Genebra na Suíça, como novas idéias além das de Lutero. País, o qual é hoje um dos países como mais ateus no mundo. Calvino embora partilhante das doutrinas de Lutero, teve seu ponto característico no conceito de Deus. Colocou a ênfase sobre a majestade divina a ponto de dizer que há duas predestinações: uma para a salvação e outra explícita para a condenação eterna. Para Ele Deus proíbe o pecado a todos, mas na verdade quer que alguns pequem, para que sejam condenados. Em outras palavras, Deus criou alguns para irem para o céu e outros para irem para o inferno, e as palavras de Jesus, “Ide e pregai o evangelho a toda criatura” cf. Mc 16, 15, então de nada valem, pois não adianta pregar para os que já irão para o inferno.

1567: John Knox na Escócia cria o presbiterianismo inspirado nas idéias de Calvino.

1604: John Smith funda a Igreja Batista na Holanda, é também hoje é um dos países mais ateus do mundo. (Tão inspirados foram, como não conseguiram nem mesmo evangelizar o pais onde nasceram?)

1649: John Fox (nos Eua) funda os Quarckers. Estes não valorizavam a bíblia ao invés disso valorizavam mais a inspiração individual do crente. Por isso não tinham dogmas, nem sacramentos, apenas uma corrente de regeneração moral baseada muito na mão violenta. Não tinham igrejas nem pastores.

1739: Surge o Metodismo fundado por John Wesley na Inglaterra. A Ruptura com o anglicanismo deu origem a esta “Igreja”. Ordenou seus próprios bispos. A única condição para que se torne metodista é que tenha o desejo de escapar da ira vindoura e ser isento de pecado.

1830: Joseph Smith (nos EUA) supostamente guiado por Deus descobriu alguns escritos (inspirados?) perdidos, nasceu se então o mormonismo. Joseph Smith tem uma visão de 2 anjos que lhe disseram que ele não deveria se filiar a nenhuma denominação religiosa e restaurar o “cristianismo primitivo”. Em 1822 teve uma segunda visão onde foi visitado por um suposto anjo Moroni, onde anunciou que Joseph deveria achar placas de ouro ocultas onde se encontrava uma maravilhosa história do povo de Deus nos EUA. Em 1827 o anjo o levou a uma montanha ele cavou e encontrou as placas nasceu se assim o mormonismo.

Algumas de suas doutrinas são:

Existe um Deus que é “Pai, Filho e Espírito Santo”; O Pai porém, tem carne e osso; quando ao filho e ao E.S são apenas emanações do pai.

O homem é eterno e viveu no reino de Deus antes de vim a terra, neste mundo os homens não têm lembranças da vida passada, para poderem aceitar livremente ou rejeitar o evangelho. Caso não cheguem ao conhecimento de Cristo nesta vida poderão chegar após a morte por um batismo póstumo (ou pós morte).

Este Batismo é uma das mais estranhas doutrinas desta seita que é administrado por parentes do defunto.

Também praticam o casamento pelos mortos, uma mulher que morra sem ter casado nesta vida pode ser casada por seus parentes a um outro morto no além.

1831: Willian Müller funda o Adventismo (nos EUA) 1831, veio da Igreja batista com uma nova revelação de quando supostamente Cristo Iria voltar, marcou a data e até hoje Cristo nunca voltou. Seus discípulos tentaram recalcular as datas e previram para 1844 e novamente Cristo não voltou. Em meio ao descontentamento das pessoas que os seguiam, surge entoa uma Sra. Chamada Ellen Goud White, que veio com uma nova interpretação, assim ela explicou que a data estava certa o que estava errado era o acontecimento, segundo ela naquele ano cristo não iria voltar e sim entrar nos “Santos dos Santos” do céu para terminar o sacrifício que não terminou na cruz, que ela dizia ter visto com seus próprios olhos. Surge então o Juizo investigativo que supõe que Jesus não terminou seu sacrifício na cruz, mas sim em 1844.

Depois que Müller morreu Elen White se tornou a grande mestra do Adventismo, passaram então a observar o sábado, exigem não somente a fé nas escrituras, mas também nos escritos desta cidadã.

Pregam uma doutrina rígida em relação a alimentação o que nos leva a lembrar de uma seita religiosa herética que surgiu nos primeiros séculos através de um sacerdote o Montanismo.

Alguns escritos da sua grande “profetiza” ensina que Jesus é semelhante a nós inclusive em pecado a bíblia, porém diz que Jesus é “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo” (Cf. Hb 7,22-27)

1900: Surge nos EUA o Pentecostalismo criado por Charles Parham. Este movimento ensinava que o homem depois da conversão (necessária a salvação), o cristão deve passa por uma “segunda bênção” ou uma nova e mais profunda experiência religiosa que era chamada de “batismo no Espírito Santo”. De início os precursores deste movimento não tinham a intenção de criar uma nova denominação, mas como foram rejeitados por suas denominações romperam com elas, o que deu início ao maior denominacionalismo da história protestante. Nenhuma denominação protestante está sujeita a dividir-se e subdividir-se tanto quando os pentecostais. Isto ocorre por que as raízes e forças propulsoras são muito subjetivas e emocionais. O crente pentecostal que julgue ter uma visão ou uma “profecia”, facilmente se torna fundador de um ramo independente.

A Emoção muitas vezes supera a razão.

Propensão forte a fenômenos tidos como extraordinários que fazem, vibrar, aplaudir, gritar, dificultando o raciocínio e o senso crítico.

Neste ritmo os pentecostais se afastam cada vez mais do genuíno cristianismo. Tendem a fazer da religião um serviço ao homem e não a Deus; o antropocentrismo predomina, ainda que veladamente. Os seus templos se transformam mais e mais em salões de proclamação da bíblia e com pregação, com a realização de “milagres” correspondentes. (PR n. 282/1985, p. 373s )

1916: Charles Taze Russell nos EUA também “inspirado” por “deus” funda os Testemunhas de Jeová. (Ramo que difere um pouco do protestantismo normal) . Esta é uma seita de características peculiares, mas que surgiram como todas as outras denominações protestantes de supostas revelações de Deus. Russell era presbiteriano, insatisfeito com sua denominação e com uma descoberta que fez de que depois dos apóstolos ninguém havia compreendido o evangelho ficou se entoa reservado a Russell a missão de proclamá-lo ao mundo.

Baseados em Textos de Daniel e Ezequiel este cidadão tentou por várias vezes adivinhar a data da vinda de Cristo para 1914, chegou a data nada aconteceu, depois seus sucessores tentaram adivinhar para 1925, nada aconteceu, de novo tentaram para 1968, nada aconteceu e novamente para 1975 e até hoje esperamos a vinda de Cristo.

O principal erro dos testemunhas de Jeová é que negam a divindade de Cristo, dizem que Cristo é como se fosse um semi –deus que apenas veio cumprir um papel aqui.

Falam que apenas 144 mil irão para o céu ver a face de Deus os demais salvos ficaram aqui na terra.

As almas dos que não aceitarem Jeová serão aniquilados, ou seja, deixarão de existir.

1977: No Brasil Edir Macedo funda a “Igreja Universal do Reino de Deus”. Edir Macedo depois de passar por várias religiões entra na Igreja Pentecostal Nova Vida depois de anos rompe com a mesma, funda a Igreja Universal, auto sagrou-se bispo e conseqüentemente sagrou seus companheiros. Feito se “bispo”, Edir criou para si um vasto império. Como pregador do evangelho e arauto de curas, foi adquirindo vários meios de comunicação e outros bens materiais no Brasil e no interior.

Diz ele : “O dinheiro é uma ferramenta sagrada que Deus usa na sua Obra” (Jornal da tarde, 06/04/ 1991, p. 14)

Esta é mais uma denominação a serviço do homem e não de Deus. Se torna uma pronto socorro religioso aonde as pessoas vão pra serem curadas e não para adorarem a Deus.

A Religião antes de tudo é a ligação do homem a Deus; tem como objetivo primeiro adorar e glorificar a Deus, por que Ele é santo e infinitamente bom e sábio, independentemente, deste ou daquele feito extraordinário que ele tenha feito.

Anos seguintes:

Surge o neopentecostalismo.

Entre os neopentecostais surgem as vigílias do ré-té-té, reuniões feitas às sextas feiras a partir da meia noite onde o culto ocorre em meio a gritarias e rodopios que nos lembram mais centros de umbanda do que um culto a Deus. Quem quiser saber mais sobre esta vigília é só ler uma matéria já publicada no blog:

http://sadoutrina.wordpress.com/2010/06/30/louvor-e-adoracao-ou-macumbaria/

Surge a teologia da prosperidade, uma das mais pérfidas doutrinas surgidas no meio protestante. Segundo a Teologia da Prosperidade, Deus concede riqueza e bens materiais a quem Lhe é fiel e paga o dizimo com generosidade; mas esta concepção está mal fundamentada. No entanto o adeptos dessa teologia, baseiam-se no Antigo Testamento para dizer que os homens de Deus foram ricos como Salomão, e que Jesus prometeu que veio para que tenhamos “vida em abundância”. (Jo 10,10)

Jesus nunca ensinou que o Evangelho pudesse ser uma fonte de enriquecimento ou um meio de se levar uma vida “regalada”, “em nome de Deus”; ao contrário, o Senhor ofereceu a renúncia e a cruz àqueles que o seguirem:

“Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz a cada dia e me siga. Porque, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim salvá-la-á” (Lc 9,23-24).

Jesus fala de sacrifico, renúncia, perder a própria vida; e diz que se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, não pode dar fruto (cf. Jo 12, 24). Isto está longe de ser um ensinamento de enriquecimento porque se faz a vontade de Deus. Ele não é contra a riqueza justa, e sabiamente usada para o bem de si mesmo e dos outros, mas isto está longe de justificar a teologia da prosperidade.

A fraguimentação das seitas se tornou tão grande que é impossível relatar todas aqui, foram citadas aqui apenas as mais conhecidas.

Depois desta leitura podemos novamente nos perguntar: “É bíblico o protestantismo?”

“Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que proclama que Jesus Cristo se encarnou é de Deus; todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo.” (1 Jo 4, 1-3)

“Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas.” (2 Tm 4, 3-4)

Referencias bibliográficas:

- Aquino, Felipe Rinaldo Queiroz de, Falsas doutrinas: Seitas e religiões 10ª Ed. – Lorena: Cléofas, 2009.

- Dom Estevão Bettencourt, OSB; Apostila “Diálogo Ecumênico” , Escola Mater Ecclesiae

- Revista Pergunte & Responderemos n. 282/1985, p. 373s

http://sadoutrina.wordpress.com/2011/04/19/e-biblico-o-protestantismo/

PURIFICAÇÃO DO PURGATÓRIO

PURIFICAÇÃO DO PURGATÓRIO
Diz o Catecismo da Igreja Católica :

031. – A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativamente ao Purgatório sobretudo nos concílios de Florença e de Trento. A Tradição da Igreja, com referência a certos textos da Escritura (por exemplo 1 Cor.3,15; 1 Pe 1,7), fala dum fogo purificador.
A Igreja dedica um dia especial às almas do Purgatório que é o dia 2 de Novembro e, segundo a tradição vigente, todo o mês de Novembro é consagrado à oração e boas obras para aliviar as almas do Purgatório. Antes da reforma litúrgica havia missas próprias que podiam ser celebradas em dias em que não houvesse solenidades, pelas almas do Purgatório com paramentos pretos, as chamadas Missas de requiem.
Havia as missas diárias, missas do 3º, 7º, 30º dia e as missas do dia aniversário da morte. Presentemente já não se celebra de preto, mas podem ser celebradas Missas pelas almas do Purgatório, porque o Purgatório continua a ser essencial na fé da Igreja. No passado, o Purgatório talvez não tivesse sido suficientemente pregado, por não haver uma doutrina ainda suficientemente conhecida.
A ideia que as pessoas tinham do Purgatório era assim como uma espécie de cósmico campo de concentração, onde as almas das pessoas falecidas sofriam e gritavam horrivelmente a pedir a ajuda e socorro das nossas orações, mas isto é uma corrupção da rica teologia do verdadeiro Purgatório.
A mais profunda verdade sobre a doutrina do Purgatório é a de que os cristãos não ficam paralisados nas condições morais em que estão no momento da morte. Se chegam ao momento da morte com as suas imperfeições, ainda longe da santidade dos santos, Deus chama-os a uma caminhada de aperfeiçoamento, de purificação com Cristo, a uma caminhada que começou no dia do Baptismo.
- Estou persuadido de que Aquele que começou em vós a boa obra a completará até ao dia de Cristo Jesus.(Filip. 1,6)
Esta caminhada de purificação não tem propriamente o sentido negativo de castigo ou punição, mas o sentido positivo de conversão, de acabamento da penitência que começou na terra e há-de terminar na glória eterna, porque o Purgatório é já uma esperança e uma certeza de que havemos de chegar à felicidade eterna.
As almas do Purgatório já pertencem definitivamente a Deus e nada as poderá separar d'Ele. Quanto ao sofrimento, às penas, ao fogo purificatório é também uma ideia que é preciso clarificar. No século VI, a noção de fogo do Novo Testamento adquiriu o simbolismo de purificação associado às penas depois da morte.
Assim a primitiva Igreja considerava o fogo do Purgatório, como um aperfeiçoamento e uma purificação. Na Idade Média a crença numa punição purificatória tornou-se comum na Igreja Ocidental. Com a ajuda da arte e da pregação popular, o Purgatório tornou-se assim uma espécie de Inferno mitigado por haver apenas a diferença de que era uma punição transitória com a esperança e certeza de chegar ao céu.
Este exagero fez criar uma maior atenção pela devoção às almas do Purgatório. O Purgatório é o fogo vivo do Espírito Santo, no sentido de que não é um fogo destruidor. E Santa Catarina de Génova chamava ao Purgatório o fogo ardente do amor de Deus. As penas do Purgatório não são o fruto da cólera ou indignação de Deus, mas o fruto de uma caminhada de transformação.
Segundo o teólogo John Macquarrie, as penas do Purgatório têm a sua origem na "sujeição do nosso egoísmo e do nosso amor próprio, ao amor de Deus que o deve substituir". O facto é que nos tornamos mais perfeitos, mais purificados, mais santificados na vida e na morte por meio de várias transformações que, inevitavelmente, envolvem sofrimento porque supõem crescimento, autodeterminação e amor ardente.
Nesta perspectiva, a venerável tradição de rezar e fazer boas obras pelos defuntos, devia ser compreendida, não como uma espécie de contrato com um Deus longínquo que aperfeiçoa e purifica as almas imperfeitas em troca de uma punição purificativa, mas antes como a edificação de uma generosa dádiva do amor a Deus e aos que Ele ama.
É um acto de solidariedade pelo qual nós acompanhamos os nossos mortos na sua peregrinação até à Providência de Deus. As nossas orações são um testamento da nossa parte para o bem e a felicidades dos que já partiram, oferecido em reconhecimento do poder e da intercessão do Corpo de Cristo.
O Purgatório não é uma antecâmara do Inferno, mas a sala de entrada para o céu. A palavra Purgatório não consta da Bíblia, mas há na Bíblia referências às orações pelos mortos já desde o Antigo Testamento :
- E acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente. Era este um pensamento santo e piedoso. Por isso, pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas. (2 Mac. 12,45-46).
A Igreja sempre considerou esta passagem como uma das provas mais claras da existência do Purgatório e como a justificação dos sufrágios, isto é, das orações pelos defuntos. Judas Macabeu enviou uma colecta para Jerusalém e "pediu um sacrifício expiatório".
Mas a Igreja, além da Bíblia, tem como testemunhos a Tradição do que sempre foi feito nos seus princípios e que é atestado pelos Santos Padres e Doutores da Igreja.
Tertuliano em 211 falou da observação cristã do aniversário dos falecidos como uma tradição já estabelecida. S. Hipólito (†235) menciona as orações pelos mortos no contexto da Eucaristia. Esta prática tornou-se universal nos fins do século IV.
O Concílio Ecuménico de Lyon II, ensinou que a purificação depois da morte podia ser ajudada pelas orações e boas obras dos vivos e pela oferta da Santa Missa. Na Idade Média as missas pelos defuntos começaram a chamar-se Missas de requiem.
Presentemente temos a doutrina da Igreja no Novo Catecismo :
1030. - Os que morrem na graça e amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

Podemos assim concluir :
- "O Purgatório é o cumprimento da justiça infinita de Deus, e o fruto da Sua infinita misericórdia "
O Purgatório é o nosso encontro com Cristo que nos ama e a nossa aceitação amorosa do Seu perdão por amor. Não é ainda o Céu, mas o caminho para ele, uma vez que Deus estima e aceita o sofrimento purificador das almas do Purgatório que já têm o Céu garantido e nada as pode impedir de lá chegar.
Pela misericórdia de Deus, os nossos sacrifícios e as nossas orações, unidos ao sacrifício de amor de Cristo por nós, aplicados pelas almas dos que já partiram, leva-as a atingir mais depressa a glória eterna.
Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na Sua grande misericórdia nos regenerou pela Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não pode contaminar-se, e imarcescível, reservada nos céus para vós, a quem o poder de Deus guarda pela fé para a salvação que está pronta para se manifestar nos últimos tempos.
Então rejubilareis, se bem que vos sejam ainda necessárias, por algum tempo, diversas provações para que a prova a que é submetida a vossa fé, muito mais preciosa que o ouro perecível, o qual se prova pelo fogo, seja digna de louvor, de glória e de honra quando Jesus Cristo se manifestar.
Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, crestes n'Ele e isto é para vós fonte de uma alegria inefável e gloriosa, porque estais certos de obter, como prémio da vossa fé, a salvação das almas,(l Pe.l,3-9).

John Nascimento

PECADO : CONFISSÃO E REGENERAÇÃO

PECADO : CONFISSÃO E REGENERAÇÃO


A CONFISSÃO DOS PECADOS
Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1847 . – ”Deus que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós”.(S. Ag.).O acolhimento da Sua misericórdia exige de nós a confissão das nossas faltas. “Se dizemos que não temos pecados, enganamo-nos, e a verdade não está em nós”. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a maldade”.(Jo.1,8-9).


É profundamente significativo que o Credo dos Apóstolos professe a nossa crença na Remissão dos Pecados, imediatamente depois de professar a nossa fé na Igreja Católica.

Estes dois mistérios da Igreja devem ser entendidos em conjunto. No Domingo de Páscoa, Jesus disse aos discípulos que caminhavam entristecidos para Emaús :

- “Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia e ser pregado em Seu nome o arrependimento e a Remissão dos Pecados a todas as nações, começando por Jerusalém”. (Lc. 24,46-47).

Jesus não predisse apenas que o Evangelho havia de ser pregado a todas as nações, mas que também os pecados seriam perdoados aos que se arrependessem.

O elemento chave deste Artigo do Credo dos Apóstolos é de que a Igreja fundada por Jesus Cristo, realmente tem o poder de perdoar os pecados em seu nome.

Mais do que isso, nós não só acreditamos que Cristo é misericordioso, que perdoa os pecados aos que se arrependem, mas também que confiou à Sua Igreja a participação no Seu poder de perdoar os pecados, na mesma medida em que Ele o fez durante a Sua Vida Pública.

O coração da Cristandade Católica está de harmonia com estas palavras. Nós acreditamos que o mesmo Jesus que disse ao paralítico :

- “Filho, tem confiança, os teus pecados estão perdoados”. (Mt. 9,2), e que disse à mulher adúltera em casa de Simão, o fariseu: - “Os teus pecados estão perdoados”. (Lc. 7,48), é o mesmo Jesus que continua a Sua missão de curar as almas através da Igreja que Ele fundou.

Não devemos proclamar apenas que Deus é misericordioso, mas também que verdadeiramente perdoa os pecados pelo ministério da Igreja que Cristo fundou na Terra. Assim, os pecados são perdoados pelo sacramento do Baptismo, como aconteceu no dia de Pentecostes.

E depois do Baptismo continuam a ser perdoados pelo poder das chaves que Jesus confiou à Sua Igreja. Este poder não foi conferido a todos os cristãos, mas apenas àqueles que receberem o sacerdócio pelo Sacramento da Ordem. Foi isto o que sempre se entendeu pelas palavras de Cristo aos Seus Apóstolos na tarde do Dia de Páscoa :

- “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. (Jo. 20,22-23).

Em resposta aos fariseus que pensavam que só Deus podia perdoar pecados, quando Jesus os perdoou ao paralítico (Mc.2/5), Jesus respondeu-lhes :

- “Porque pensais assim nos vossos corações ? Qual é mais fácil, dizer ao paralítico : Os teus pecados são perdoados, ou dizer-lhe : Levanta-te, toma o teu catre e anda ? Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder de perdoar os pecados, ordeno-te - disse ao paralítico: levanta-te, toma o teu catre e vai para tua casa”. (Mc.2,9-12).

Deus, porém, pode partilhar este poder com os seres humanos que Ele criou.
Neste partilhar do poder divino de perdoar os pecados é que a Igreja está certa de o possuir. Foi o maior dom da misericórdia de Jesus Cristo em favor do mundo pecador até ao fim dos tempos.

O problema básico da vida humana no mundo, de hoje como de sempre, é o pecado, isto é, a nossa rebelião contra Deus e o Seu plano. É este o coração do problema com que nos debatemos, porque esta rebelião contra Deus cresce cada vez com maior evidência, nos tempos de hoje.

Nos tempos modernos, na nossa sociedade de hoje, com efeito, muitos povos se deixaram cair numa situação de não temerem a Deus e voltaram-se para uma vida materialista e fácil, sem compromissos de qualquer espécie, desde o sexo mais vergonhoso ao vandalismo mais corrupto.

E tudo isto está claramente contra os ensinamentos da Sagrada Escritura e contra a Tradição cristã, que o mesmo é dizer, contra a revelação de Deus. Um crescente número de pessoas preferem não crer, vivem no ateísmo professo, negando absolutamente a Deus, porque lhes não convém que Deus exista, como se Deus seja um estorvo para as suas ideias e o seu estilo de vida.

Para eles, a ideia de um Deus misericordioso e justo, é uma acusação permanente e desconfortável. A Constituição Pastoral do Concílio Vaticano II para a Igreja no Mundo actual Gaudium et Spes, dedica três números a este importante problema (19-21) :

Ateísmo sistemático, que pretende uma absoluta independência humana de Deus, e até da noção de Deus.

Ateísmo Político, que pretende antecipar a libertação do homem, especialmente através da sua emancipação económica e social.

Esta forma de ateísmo argumenta que, pela sua verdadeira natureza, a religião, contraria esta libertação, estimulando a esperança do homem para uma ilusória vida futura e afastando-o da construção de uma Cidade Terrestre.

Ateísmo Prático, subtilmente promovido por um humanismo secular, pelo qual a atenção do homem e os seus intentos são completamente dirigidos para uma vida neste mundo em que o problema de Deus nunca é adequadamente considerado nem procurado.

Muitos povos de hoje abandonam a crença em Deus, simplesmente porque não consideram que seja necessário a alguém ser boa pessoa, o que é o mais alto ideal moral que eles podem aceitar ou mesmo imaginar.

A Igreja Católica continua a afirmar que a raiz de todos os problemas da humanidade é a rejeição de Deus, quer pela negação pura e consciente, quer pela ignorância, quer pela rebelião que é o pecado.

Sem a graça e a força de Deus, a pessoa humana só fica sujeita a cair em toda a espécie de pecado contra si mesma, o seu próximo e todo o mundo criado.

Sem o conhecimento de Deus, a humanidade fica cega em relação à última fonte de redenção e de ajuda quando enfrenta as tremendas dificuldades e desafios da vida humana.

O Catecismo da Igreja Católica, ao falar na Remissão dos Pecados começa por dizer :

976. - O Símbolo dos Apóstolos liga o perdão dos pecados à fé no Espírito Santo; mas também à fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Cristo Ressuscitado lhes conferiu o seu próprio poder divino de perdoar pecados : "Recebei o Espírito Santo : àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, serão retidos".(Jo.2,22-23).

“Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos, e a verdade não está em nós”. A Remissão dos pecados é condição essencial para o plano da História da Salvação.

ARREPENDIMENTO E REGENERAÇÃO
Diz o Catecismo da Igreja Católica :

1848 . – Como afirma S. Paulo : “Onde abundou o pecado superabundou a graça”. Mas, para realizar a sua obra, a graça tem de descobrir o pecado, para converter o nosso coração e nos obter “a justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor”(Rom.5.20-21). Como um médico que examina a chaga antes de lhe aplicar o penso, Deus, por Sua Palavra e por Seu Espírito, projecta uma luz viva sobre o pecado.

A superabundância da graça, supõe um arrepemdimento em ordem à regeneração, e a regeneração ou conversão requer que o pecado seja posto a claro.


- «Veio hoje a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido».(Lc.19,9-10).

Chama-se Arrependimento a um sentimento interior que se manifesta e significa ter pena de ter pecado. Todavia, na dialéctica da Revelação, este continua a ser o tema das relações de Deus com o Povo de Israel e com todos os homens : Pena ou castigo, penitência e perdão são para todos os homens de todos os tempos.

Todavia, no Antigo e Novo Testamento, o Arrependimento significa conversão, mudança do coração, voltar-se para Deus, retornar para Ele :

- “Convertei-vos, filhos de Israel, Àquele de quem …vos separa...” (Is.31,6).
- “Vinde, voltemos para o Senhor. Ele feriu-nos, Ele nos curará”. (Os.6,1).
- “Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração, com jejuns”. (Joel. 2,12).

O verdadeiro Arrependimento é o trabalho da misericórdia de Deus :

- “Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia, que havia de ser pregado, em Seu nome, o Arrependimento”...(Lc.24,46).
- “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados ; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos...” (Jo.20,23).

O Arrependimento é um sentimento interior, mas que se deve manifestar por actos exteriores, para garantir a graça de Deus :

- “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados”. (Act.3,19).
- Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados… (1 Jo.1,9).

E é ainda por causa da resposta do homem à graça que há alegria no céu, e se a há no céu, indubitavelmente a haverá também na terra :

- “Haverá mais alegria no céu por um só pecador que se Arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de Arrependimento”. (Lc.15,7).

Foi assim com o Filho Pródigo, com a mulher adúltera, com Maria de Betânia, com Zaqueu, com o ladrão arrependido, e com tantos outros através da história, que, pelo Arrependimento deram início a uma vida nova, uma vida regenerada.

O Arrependimento é uma condição essencial para conversão e regeneração.
O conceito de uma iniciação na Comunidade Cristã como o nascimento para uma nova vida – Regeneração - dificilmente se encontra no Novo Testamento fora de S. João e de S. Pedro.

A natureza da Regeneração nos mistérios do Cristianismo é por demais obscura para se poderem encontrar paralelismos e não se sabe se esses mistérios são pré-Cristãos ou pós-Cristãos na sua origem.

Se o Judaísmo exibe um conceito de Regeneração também não é claro; os prosélitos são considerados como homens novos que começam uma vida inteiramente nova; todas as relações contraídas antes da circuncisão devem ser postas de parte.

Isto é efectivamente um novo nascimento – Regeneração - ainda que o termo não seja usado, e foi assim que foi influenciado o culto do Novo Testamento.

* A Regeneração de Deus eleva o homem ao nível de Deus, para quem o pecado é impossível. Em virtude dessa Regeneração o homem vence o mundo, como Jesus venceu o mundo :
- “Porque todo o que nasce de Deus vence o mundo ; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.(1 Jo.5/4).(cf.Jo.l6,33).
* A Regeneração para uma vida nova é um cumprimento escatológico, tal como quando Jesus se entregou ao Pai :
- “Ele que, quando O insultavam, não insultava, e sofrendo não ameaçava, mas Se entregava Àquele que julga com justiça”. (1 Pe.2,23).
O Conceito de Regeneração está perfeitamente integrado na doutrina da Igreja e da Reconciliação e faz parte da História da Salvação.



John Nascimento

O HOMEM IMAGEM DE DEUS

O HOMEM IMAGEM DE DEUS

Diz o Catecismo da Igreja Católica :


1701 . – “Cristo, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime”(GS 22,§ 1). Foi em Cristo, “imagem de Deus invisível” (Col.1,15), que o homem foi criado “à imagem e semelhança” do Criador. Assim como foi em Crsto, redentor e salvador, que a imagem divina, deformada no homem desde o primeiro pecado, foi restaurada na sua beleza original e enobrecida pela graça de Deus.

De acordo com o que a Bíblia nos ensina, a Humanidade não existe por acidente.
Deus criou a Humanidade para uma extraordinária finalidade.
Na Bíblia nós podemos ver descrita a criação do Universo com um destino a este nosso planeta e de como Deus o tornou hospitaleiro para a vida física.
Mas o ponto mais importante dessa criação foi a origem da Humanidade.

A História leva-nos, etapa por etapa, até ao sublime acto criativo :
- “Deus, a seguir, disse ; "Façamos o homem à Nossa Imagem à nossa Semelhança”. (Gen. 1,26).
Estas poucas palavras são muito ricas no seu profundo significado.
A primeira coisa que nos aparece é o uso do plural : Façamos o homem à Nossa semelhança.
Estas palavras referem-se a Deus acompanhado com toda a corte celeste.
Todavia é importante frisar que a Bíblia nos revela Deus como Criador.
Os anjos não criaram seres humanos.
A corte celeste está incluída no plural Façamos e Nossa, não porque os anjos tivessem criado, mas porque foram testemunhas da criação de Adão e Eva, e com isso se alegrassem :
- “Entre as aclamações dos astros da manhã e o aplauso de todos filhos de Deus”. (Job.38,7).
Quando os reis usam um plural majestático, eles falam como cabeça da sua corte. Podemos assim entender que Deus quer aliar ao Seu acto criador as três Pessoas da Santíssima Trindade e toda a corte celeste.

E a Bíblia continua :
- “Deus criou o homem à Sua Imagem, criou-o à Imagem de Deus”. (Gen. 1,27).
E assim se esclarece que para a criação do homem, Deus a fez de um modo especial.
Há nos textos originais em hebraico um certo paralelismo que se perde em muitas traduções, porque se passa de uma composição poética para uma prosa normal.

Por exemplo Isaías usa o seguinte paralelismo :
- “Porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado”. (Is. 9,6).
Primeiro há uma referência geral Menino, e depois vem a especificação Um Filho.
Assim aconteceu no Génesis.
Primeiro diz Façamos... à Nossa Semelhança.
Depois vem a especificação : Deus criou...
Na primeira parte há uma narrativa poética e na segunda, a sua respectiva explicação.

Qual é a Imagem de Deus ?
Anunciando que ia criar o homem à Sua Imagem, Deus fez uma diferença entre o homem e todos os outros animais.
A mais nenhum Deus disse que os ia criar à Sua Imagem, à Sua semelhança.
Também estas duas palavras, Imagem e Semelhança são um paralelismo, são diferentes maneiras de dizer a mesma coisa.

Assim, no Génesis lê-se :
- “Quando Deus criou o homem, fê-lo à Semelhança de Deus”. Gen.5,1).
- “Deus fez o homem à Sua Imagem”. (Gen.9,6).
O que ambas as palavras querem dizer é que o ser humano que Deus criou é, em alguns aspectos igual a Deus, mas não em todos os aspectos.
Não na forma corporal, pois que Deus não tem corpo, embora Ele se possa manifestar da maneira que Lhe agrada, sem qualquer limitação das que afectam o ser humano.
E a Bíblia continua :
- “Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra”. (Gen.1,28).

Deus é o nosso Soberano divino. Quando nos criou à Sua Imagem, delegou em nós o poder de governar sobre a terra, como nos mostra o salmista :
- “Que é o homem para Vos lembrardes dele, o Filho do homem, para dele cuidardes ? Contudo pouco lhe falta para que seja um ser divino; de glória e de honra o coroastes. Destes-lhe domínio sobre as obras das Vossas mãos. Tudo submetestes debaixo dos seus pés”.(Sl.8,5-7).
Adão e Eva foram criados para serem o reflexo de Deus nas suas relações mútuas e na administração de todas as criaturas; para serem o reflexo da glória e justiça de Deus.
Para preparar o ser humano para a sua enorme responsabilidade na terra, Deus enriqueceu-o com muitas das Suas qualidades : inteligência, razão, criatividade, espiritualidade, personalidade, consciência do que eles eram, capacidade de comunicar, talentos artísticos, sensibilidade moral, aptidão para se relacionar com Deus e com os outros...

Estas são algumas das características que tornam o ser humano, uma criatura especial. O corpo de Adão e de Eva não são uma imagem de Deus, embora criados à Imagem de Deus, o que não é exactamente a mesma coisa. Fisicamente, entre o corpo do homem e de alguns animais, a diferença não é grande. Entre o corpo do homem e do chimpanzé há umas coisas em comum.
E comparado com os outros animais, o homem até pode ficar a perder : É mais fraco, mais lento, menos ágil do que muitos animais, mesmo de estatura inferior.
Mas o corpo de Adão e o de Eva têm outras coisas que faltam ao corpo dos outros animais.
Têm qualidades espirituais, responsabilidades e capacidade de se relacionarem com Deus, porque foram criados à Imagem de Deus.

Adão e Eva foram criados sem pecado; mas ficaram com a liberdade de escolher e de desobedecer. Adão e Eva desobedeceram e deu-se aquilo a que nós chamamos a Queda da Humanidade.
Foi um pecado desastroso. Pela desobediência Adão e Eva quebraram a íntima relação que tinham com Deus, para si e para os seus descendentes. O pecado formou uma barreira entre Deus e a Humanidade.



TRÊS VISÕES HISTÓRICAS

Desde há muito que os exegetas se debatem com o sentido desta expressão " Imagem de Deus”, de que nos fala o Génesis :

* “Façamos o homem à Nossa Imagem, à Nossa Semelhança”. (Gen.1,26).
Não há um verdadeiro consenso, mas sim três perspectivas históricas.

* Uma perspectiva é a de que a Imagem de Deus se refere à capacidade que o homem tem de pensar, raciocinar e tomar decisões.

* Outra perspectiva é a de que a Imagem de Deus se refere à capacidade que o homem tem de se relacionar com Deus.

* A terceira perspectiva é a de que a Imagem de Deus se refere à responsabilidade que Deus deu ao homem de governar sobre toda a terra.
Porém, parece-nos que a melhor interpretação que podemos dar a esta expressão de Imagem de Deus, é a combinação destas três perspectivas.

Jesus Cristo exemplifica que a Imagem de Deus é perfeitamente o esplendor da glória de Deus, através destas palavras de S. Paulo :
— “Sendo Ele o resplendor da Sua glória e a Imagem da Sua substância e sustendo todas as coisas pela Sua palavra poderosa, depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à Direita da Majestade Divina... (Héb.1,3).

John Nascimento

AS EXÉQUIAS CRISTÃS

AS EXÉQUIAS CRISTÃS !


Diz o Catecismo da Igreja Católica :


1684. – As Exéquias cristãs não conferem ao defunto nenhum sacramento, nenhum sacramental, uma vez que ele já "passou" para lá da economia sacramental. Mas nem por isso deixam de ser uma celebração litúrgica da Igreja. O ministério da Igreja tem em vista, aqui, tanto exprimir a comunhão eficaz com o defunto, como fazer participar nela a Comunidade reunida para o funeral e anunciar-lhe a vida eterna.

EXÉQUIAS
Chamamos Exéquias a todas as cerimónias fúnebres; e entre elas ocupam o primeiro lugar as Missas exequiais. Antes da reforma litúrgica, muitas vezes se celebrava uma das várias Missas exequiais, de paramentos pretos, alimentando o sentido da morte e do luto, mais do que o da ressurreição.

Após a reforma da liturgia, deixou de ser usado o paramento preto e deixou de ser celebrada a chamada Missa dos defuntos. Todavia continua-se a celebrar a missa pelos defuntos, num rito diferente, de modo a fazer sobressair a ideia da ressurreição final, para a qual se caminha com a purificação do purgatório ajudada pelos méritos infinitos de Cristo, concedidos a cada um na medida das suas capacidades. Daí que o Concílio tenha esclarecido o sentido das Exéquias na Constituição sobre a Sagrada

Liturgia :
- As Exéquias devem exprimir melhor o sentido pascal da morte cristã. Adapte-se mais o rito às condições e tradições das várias regiões, mesmo na cor litúrgica. (SC 81).

- Faça-se a revisão do rito de sepultura das crianças e dê-se-lhe missa própria. (SC 82).
Sobre a celebração das Exéquiasdiz-nos o Catecismo da Igreja Católica :

1685. - Os diferentes ritos das Exéquias exprimem o carácter pascal da morte cristã e correspondem às situações e tradições de cada região, até no que respeita à cor litúrgica.

1686. – O Ordo exequiarum (OEx) da liturgia Romana propõe tipos de celebração das Exéquias, correspondentes aos três lugares em que se desenrolam (a casa, a Igreja, o cemitério), e segundo a importância que lhes dão a família, os costumes locais, a cultura e a piedade popular. O esquema é, aliás, comum a todas as tradições litúrgicas e compreende quatro momentos principais.
E depois de apresentar os quatro momentos principais da celebração eucarística pelos defuntos, (Acolhimento da Comunidade, Liturgia da Palavra, Sacrifício eucarístico e Adeus),o Catecismo da Igreja Católica termina assim :

1690. - Por esta saudação final, "canta-se por ele ter partido desta vida e pela sua separação, mas também porque há uma comunhão e uma reunião. Com efeito, mortos, nós não nos separamos uns dos outros, porque todos percorremos o mesmo caminho e nos reencontraremos no mesmo lugar. ‘Nunca nos separaremos, porque vivemos para Cristo e agora estamos unidos a Cristo, indo para Ele... estaremos todos juntos em Cristo". (S. Simão de Tessalónia, Sep.)

A exéquias são a prárica litúrgica da Igreja que precede o funeral.

John Nascimento

ESPÍRITO SANTO CONSOLADOR

ESPÍRITO SANTO CONSOLADOR

Diz o Catecismo da Igreja Católica :
683. – «Ninguém pode dizer “Jesus é Senhor” a não ser pela acção do Espírito Santo»(1 Cor.12,3). «Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama : “Abbá! Pai”»(Gal.4,6). Este conhecimento de fé só é possível pelo Espírito Santo. Para estar em contacto com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo. É Ele que vem ao nosso encontro e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Baptismo, primeiro sacramento da fé, a vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, é-nos comunicada, íntima e pessoalmente, pelo Espírito Santo na Igreja.

“Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho, E com o Pai e o Filho é adorado e glorificado.” É esta a afirmação ou profissão de fé do Credo de Niceia.

ESPÍRITO SANTO PARÁCLITO
No sentido original da palavra grega parakletos, o Paráclito é o que foi chamado para junto de alguém para o ajudar, para lhe assistir, para o consolar ou confortar.
Também se traduz por advogado, não no sentido profissional, mas apenas como alguém que ajuda. Esta palavra não aparece na versão dos LXX (setenta), e só aparece 5 vezes no Novo Testamento, apenas nos escritos de S. João e é traduzida como Consolador e Advogado.
No Quarto Evangelho, o Paráclito é a Presença Divina dentro da Comunidade depois da Ascensão de Jesus. É chamado Espírito de Verdade porque ele continua o trabalho de Cristo e lembra os ensinamentos de Jesus, conduzindo os crentes à verdade.
O Espírito Santo, o Paráclito, traz a presença de Jesus para levar os crentes à perfeição porque, tal como Jesus, o Paráclito vive neles.
- E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará um Consolador para estar convosco para sempre, o Espírito de Verdade que o mundo não pode receber... (Jo. 14,16-17).
- Mas o Consolador, o Espirito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas... (Jo. 14,26).
- Mas quando vier o Consolador, que vos hei-de enviar da parte do Pai... Ele testificará de Mim.(Jo. 15,26).
- Convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador, não virá a vós... (Jo. 16,7).
A Escritura identifica a mente de Deus com a Palavra (Verbo) de Deus, como diz S. João no seu Evangelho :
- No princípio já existia o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.(Jo.1,1).
O grande Doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino, na sua exposição sobre o Credo dos Apóstolos, escreveu :
- Assim como o Verbo de Deus (Palavra de Deus), é o Filho de Deus, também o Amor de Deus é o Espírito Santo.(Art. 8).
O Espírito Santo é a Graça Incriada, cuja permanência dentro das nossas almas nos confere a Graça Santificante, e que a Igreja nos permite que lhe chamemos a Alma da nossa alma.
No Dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos na forma de línguas de fogo.
Isto foi um sinal visível do que eles receberam interiormente, especialmente a luz para aceitarem os ensinamentos de Jesus e a força para serem Suas testemunhas até ao preço do seu sangue.
A presença do Espírito Santo dá aos Cristãos a força necessária para que tenham uma vida de santificação.
A santificação é o processo pelo qual Jesus Cristo não só subjuga o pecado na vida dos Cristãos, como também, pelo qual o Espírito Santo produz ainda um bem-estar de confiança em cada pessoa.
Através do Espírito Santo os Cristãos crescem no ritmo espiritual da sua vida. O Espírito Santo purifica as nossas almas do pecado.
Isto é uma consequência lógica do facto de que O mesmo por quem as nossas almas foram criadas é O mesmo por quem elas hão-de ser reparadas ou purificadas.
E se foi através do Amor de Deus que as nossas almas foram criadas, esse mesmo Amor, que é o Espírito Santo, deve conduzir as almas à Sua amizade divina.



John Nascimento

A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA

A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1130 . - A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra da salvação do seu divino Esposo. Em cada semana, no dia a que chamou Domingo, celebra a Ressurreição do Senhor, como a celebra também uma vez no ano, na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua Paixão. Distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano (...). Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham de graça”(SC 102).
ANO LITÚRGICO
Chama-se Ano Litúrgico, ao ciclo das Estações e Festas celebradas pela Igreja Católica ao longo de um ano. Também se chama o Calendário Litúrgico, ou Calendário da Igreja, e é um dos meios que o povo cristão tem para se sentir mais integrado na criação, no tempo e no sagrado.
A organização do Ano Litúrgico é regulada, em parte, pelo Sol e pela Lua. As festas imóveis, como o Natal e as festas dos Santos, são baseadas no Calendário solar ou Calendário secular, também chamado Ano Civil.
Estas festas celebram-se todos os anos no mesmo dia do mês, como por exemplo o dia de Natal que é sempre em 25 de Dezembro. As festas móveis, por sua vez, são determinadas de harmonia com, as fases da Lua.
Por exemplo, a festa da Páscoa que é sempre ao domingo, é sempre no domingo que se segue à primeira Lua cheia do Equinócio da Primavera (quando o dia é igual à noite). Assim, como a Quarta-Feira de Cinzas está dependente da Páscoa, fica também regulada, de ano para ano, pela celebração da Páscoa, e o mesmo se diga do tempo da Quaresma.
E todas as festas que seguem à Páscoa e dependem dela, como Ascensão do Senhor, Pentecostes, SS. Trindade, Corpo de Deus e Coração de Jesus, são também festas móveis cuja celebração depende da data da celebração da festa da Páscoa.
Algo diferente do Ano Civil o Ano Litúrgico não tem propriamente princípio nem fim; é como um círculo. Assim o Advento vem em primeiro lugar num sentido popular. Até à Idade Média não havia uma verdadeira uniformidade na celebração do Ano Civil.
Quando Júlio César formou o Calendário Juliano, estabeleceu o Ano Romano de l de Março a l de Janeiro. Até ao ano 700 no Reino dos Francos, e até 1700 em Veneza, o 1 de Março era considerado como o princípio do Ano Civil.
Na França, de 700 até ao século XV, o principio do Ano era a festa da Páscoa. Até ao século XVI, na Escandinávia e na Alemanha, o princípio do Ano era no Natal.
O Ano Litúrgico, nunca coincidiu com o Ano Civil, nem nunca dependeu dele para o começar, desenvolver ou acabar. O Ano Litúrgico nunca foi planeado pela Igreja. Os primeiros cristãos tinham uma experiência pessoal e íntima das festas do calendário judeu em que se comemoravam e celebravam as acções pelas quais foram salvos por Deus.
Era muito natural que os cristãos quisessem dar uma nova luz aos acontecimentos ou celebrações dos Judeus. Assim, muitas festas judaicas e outras pagãs, receberam uma nova luz e passaram a ser celebrações cristãs.
Os primeiros esboços do Ano Litúrgico apareceram nos primeiros séculos do Cristianismo nos mais importantes centros cristãos que eram :
- Na chamada Igreja de Leste, em Constantinopla ou Istambul ( a Turquia de hoje), Jerusalém na Palestina, Antioquia na Síria e Alexandria no Egipto.
- Na chamada Igreja de Ocidente, o mais importante centro foi Roma.
E além de Roma, era também centro de cristandade, Cartago no Norte de África, Toledo em Espanha e Tours na Gália (França). Todos estes centros foram importantes e significativos para o aparecimento e desenvolvimento dos primeiros Anos Litúrgicos.
A influência de Roma na evolução do Ano Litúrgico e o modo como as igrejas locais celebravam o ciclo das festas, foi limitado especialmente pelas dioceses civis dos distritos do Sul da Itália e das três ilhas, Sicília, Sardenha e Córsega.
Mais tarde, a partir do século VI e até ao fim do primeiro Milénio, a deterioração da liturgia de Roma foi de tal modo que Roma já não conseguiu influenciar outras igrejas. Esta situação só mudou nos fins da Idade Média com a autoridade do papado, nessa altura em franco crescimento.
Todavia, não foi apenas a autoridade de uma só Igreja centralizada que influenciou as práticas litúrgicas ou as tradições religiosas na história da primitiva Cristandade. Variações na celebração do Ano Litúrgico, era uma coisa comum.
Acontecimentos secundários nas celebrações da Igreja, tradições religiosas populares e outras motivações que iam aparecendo, continuaram a desenvolver-se no Ocidente entre os povos que emergiam, tais como Anglo-Saxões, Germanos, Francos, Eslavos e Celtas, que viriam a ser os antepassados da moderna Europa.
Nos primeiros séculos da Cristandade, portanto, o Ano Litúrgico não tinha uma unidade estrutural tão evidente como hoje. Isso foi-se desenvolvendo gradualmente e com toda a naturalidade, à volta das comemorações e celebrações dos Grandes Momentos, tais como, por exemplo, a Ressurreição de Jesus.
Veio primeiro o memorial semanal da Ressurreição chamado o Dia do Senhor, Domingo, que era como uma Páscoa semanal. Através da história da Cristandade, o Domingo teria sido o veículo primário para a formação do Ano Litúrgico e a base para os temas religiosos da Cristandade.
Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica :
1168. - Partindo do Tríduo Pascal, como da sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurreição enche todo o Ano Litúrgico da sua claridade.
Ininterruptamente, dum lado e do outro desta fonte, o ano é transformado pela Liturgia. É realmente "ano da graça do Senhor"...
1171. - O ano litúrgico é o desenrolar dos diferentes aspectos do único mistério. Isto vale sobretudo para o ciclo das festas à roda do mistério da Encarnação (Anunciação, Natal e, Epifania), que comemoram o princípio da nossa salvação e nos comunicam as primícias do mistério da Páscoa, para a celebração da Vida Litúrgica.
A principal característica do movimento litúrgico apontado pela Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia (SC), foi a sua influência na celebração da Liturgia na vida de todos os dias dos seus participantes.
Assim, a "Vida Litúrgica" é a vida em união com Cristo e com a Igreja, realizada na Liturgia e plenamente assimilada como um todo na vida de cada um.
É o que diz o Proémio da Constituição sobre a Sagrada Liturgia :
- O Sagrado Concilio propõe-se fomentar a vida cristã entre os fiéis, adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições susceptíveis de mudança, promover tudo o que pode ajudar à união de todos os crentes em Cristo, e fortalecer o que pode contribuir para chamar a todos ao seio da Igreja. Julga, por isso, dever também interessar-se de modo particular pela reforma e incremento da Liturgia.
Para cada pessoa a Vida Litúrgica começa com a sua entrada no povo de Deus pelo Baptismo, é renovada dia a dia pela celebração do Ano Litúrgico, é celebrada pelos Sacramentos no seu devido tempo e culmina com a salvação eterna.
A vida litúrgica é tão importante que a Constituição diz ainda :
- Portanto, qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, acção sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra acção da lgreja.(SC 7).
Para termos uma verdadeira noção do que é a Vida Litúrgica, é necessário, antes de mais que haja um Planeamento Litúrgico.
Para uma maior eficácia das celebrações litúrgicas de harmonia coma as últimas reformas da Liturgia, especialmente a Santa Missa, a Instrução Geral do Missal Romano propõe uma Escolha da Missa e das suas partes no seu capítulo VII, que diz :
313. - A Eficácia pastoral da celebração aumentará certamente, se a escolha das leituras, orações e cânticos se fizer, dentro do possível, de modo a corresponder às necessidades, à formação espiritual, à mentalidade dos que nela tomam parte. Isto consegue-se, usando criteriosamente da múltipla liberdade de escolha que se descreve a seguir. Por isso, o sacerdote, no ordenamento da Missa, deve atender, mais que aos seus gostos pessoais, antes e acima de tudo ao bem espiritual da comunidade reunida.
Lembre-se, além disso, de que convém fazer a escolha das partes da Missa de comum acordo com os ministros e as outras pessoas chamadas a desempenhar qualquer ministério na celebração, sem excluir os próprios fiéis, naquilo que mais directamente lhes diz respeito.
Sugere-se para o efeito, uma "folha" bem organizada que se distribui a todos os ministros e aos fiéis em geral, para uma celebração reverente e eficaz.
Os Boletins Paroquiais podem dar uma grande ajuda na ordem e planeamento da Liturgia, com a devida antecedência.

John Nascimento