quarta-feira, 9 de novembro de 2011

OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Diz o Catecismo da Igreja Católica :


1832 . – Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós, como primícias da glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze : caridade, alegria, paz, paciência, bondade, longanimidade, benignidade, mansidão, dfidelidade, modéstia, continência, castidade”. (Gal.5,22-23 Vulg).

A Bíblia, assim como faz referência aos Dons do Espírito Santo, também faz referência aos Frutos do Espírito Santo. Um fruto de uma planta ou de uma árvore é o produto de uma longa estação de crescimento. É a terminação de um processo de maturação, utilizando todos os recursos e energias utilizáveis, como a água, o fertilizante, a luz e o calor do sol. Este mesmo processo, por adaptação, se pode aplicar aos Frutos do Espírito Santo.

Eles são o produto de um crescimento e aperfeiçoamento dos Dons e graças do Espírito Santo. É S. Paulo quem mais fala dos Frutos do Espírito Santo, na sua carta aos Gálatas :

- “Mas o fruto do Espírito é : Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Benignidade, Bondade, Fidelidade, Mansidão, Temperança”. (Gal.5,22-23).

S. Paulo apresenta apenas 9 Frutos do Espírito Santo, mas, baseando-se nestes, a Tradição costuma apresentar 12, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica.

Caridade. Cheios do Espírito Santo como estava Jesus quando proclamou a Sua missão, também nós estamos aptos para nos aproximarmos de quantos estão à nossa volta e precisam da nossa ajuda, da nossa Caridade, especialmente os pobres e doentes e todos os que são vítimas da injustiça social. Devemos estar sempre disponíveis para partilhar com os outros o fruto da nossa Caridade.

Alegria. Uma vez que nós sabemos que Deus cuida de nós, aceita-nos, louva-nos e está sempre activamente presente em nós pelo Seu Espírito, devemos sentir-nos sempre felizes e Alegres por isso, e, ao mesmo tempo, devemos partilhar com os outros essa nossa felicidade e Alegria.

Paz. Porque nós estamos intimamente relacionados com Deus, sabemos que Deus está tão perto de nós como a nossa própria respiração.
E isto nos dá uma plena serenidade e Paz. Da mesma maneira, quando não nos sentimos em Paz, certamente podemos pensar que não estamos em verdadeira intimidade com Deus.

Paciência. Sabendo que somos verdadeiramente amados e amáveis, podemos ser capazes de aceitar a dor, sofrendo a insensibilidade dos outros a nosso respeito, por vezes a sua incompreensão e até a injusta aceitação de quem nos não ama. Isto é a Paciência.

Benignidade. Significa moderação do nosso espírito de modo a evitarmos a hostilidade e agressividade. É a paciência acrescida de um espírito de gentileza que nos faz ter pelos outros a maior consideração, como uma atitude que nos deve ser natural. Isto é Benignidade.

Bondade. Refere-se ao modo como nós agimos e nos comportamos dentro do nosso meio, da nossa comunidade. Devemos ser o que verdadeiramente somos. Devemos tentar ser capazes de mostrar que somos a pessoa que mostramos ser. Devemos partilhar com os outros a medida do amor que nos vem do Espírito Santo que está em nós. E isto é que é a Bondade.

Fidelidade. Como fruto da fé, pela Fidelidade nós estamos seguros de que Deus está intimamente unido a nós e como o nosso próprio respirar nós acreditamos nos outros com mais facilidade. Podemos mostrar uma confiança mais profunda nas outras pessoas. E isto é a Fidelidade.

Mansidão. Com o coração apaziguado, não mais contam para nós os defeitos dos outros. Nós tomamos as nossas decisões, não com base nos males dos outros, mas sim na sua bondade, e na necessidade que eles possam ter de nós. É um fruto muito positivo que se chama Mansidão.

Longanimidade. É o espírito de resignação e magnanimidade que nos torna pacientes até ao ponto de sermos capazes de aceitar e suportar com altivez as próprias acusações injustas e os ultrajes e insultos com os quais os outros pretendem humilhar-nos. Um dom precioso em certas circunstâncias, talvez mal conhecido e mal apreciado e que se chama a Longanimidade.

Modéstia ou Temperança. Quando o espírito de amor enche toda a nossa vida, não mais precisamos de impressionar os outros com qualquer outra força ou grau de personalidade ou influência humana. Não precisamos de nos mostrarmos mais do que na realidade somos, preferindo ficar sempre aquém, e com a nossa humildade mostramos a nossa Modéstia ou Temperança.

Continência. O nosso meio ambiente e a nossa comunidade têm possibilidades de nos ajudar a alcançar o nosso autocontrole. Nós devemos desenvolver as nossas possibilidades e aumentar os nossos merecimentos, numa linha de vida impecável, que seja a melhor para nós e cujas acções sejam as mais apropriadas para uma longa vida, mantendo-nos em constante espírito de Continência.

Castidade. Também dentro da nossa comunidade nós devemos ser capazes de formar uma amizade, uma camaradagem e um respeito mútuo que nos ajudem a agir apropriadamente com o dom da nossa sexualidade. Quando nós ficamos marcados com o dom do Espírito Santo, logo começamos uma nova caminhada de crescimento, alheios ao contágio do mundo e às exigências da concupiscência, mantendo-nos em autêntica Castidade.

Com os Dons e Frutos do Espírito Santo, nós viveremos plenamente a nossa vida humana e cristã na nossa sociedade. Trabalhando com estes recursos e usando-os em profundidade, tornamo-nos aptos para, com a comunidade e com o Espírito Santo, viver uma vida de felicidade.

Na linguagem da Teologia clássica, quando as graças infusas transformam o coração, a inteligência, a alma e a vontade das pessoas, já elas podem esperar encontrar um amplo campo de Frutos do Espírito Santo.

Ajudados pelos Dons do Espírito Santo e enriquecidos pelos seus Frutos, estaremos mais aptos para uma evangelização mais eficaz e tão necessária para os tempos que vão correndo.






John Nascimento

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