OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1832 . – Os frutos do Espírito são perfeições que o Espírito Santo forma em nós, como primícias da glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze : caridade, alegria, paz, paciência, bondade, longanimidade, benignidade, mansidão, dfidelidade, modéstia, continência, castidade”. (Gal.5,22-23 Vulg).
A Bíblia, assim como faz referência aos Dons do Espírito Santo, também faz referência aos Frutos do Espírito Santo. Um fruto de uma planta ou de uma árvore é o produto de uma longa estação de crescimento. É a terminação de um processo de maturação, utilizando todos os recursos e energias utilizáveis, como a água, o fertilizante, a luz e o calor do sol. Este mesmo processo, por adaptação, se pode aplicar aos Frutos do Espírito Santo.
Eles são o produto de um crescimento e aperfeiçoamento dos Dons e graças do Espírito Santo. É S. Paulo quem mais fala dos Frutos do Espírito Santo, na sua carta aos Gálatas :
- “Mas o fruto do Espírito é : Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Benignidade, Bondade, Fidelidade, Mansidão, Temperança”. (Gal.5,22-23).
S. Paulo apresenta apenas 9 Frutos do Espírito Santo, mas, baseando-se nestes, a Tradição costuma apresentar 12, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica.
Caridade. Cheios do Espírito Santo como estava Jesus quando proclamou a Sua missão, também nós estamos aptos para nos aproximarmos de quantos estão à nossa volta e precisam da nossa ajuda, da nossa Caridade, especialmente os pobres e doentes e todos os que são vítimas da injustiça social. Devemos estar sempre disponíveis para partilhar com os outros o fruto da nossa Caridade.
Alegria. Uma vez que nós sabemos que Deus cuida de nós, aceita-nos, louva-nos e está sempre activamente presente em nós pelo Seu Espírito, devemos sentir-nos sempre felizes e Alegres por isso, e, ao mesmo tempo, devemos partilhar com os outros essa nossa felicidade e Alegria.
Paz. Porque nós estamos intimamente relacionados com Deus, sabemos que Deus está tão perto de nós como a nossa própria respiração.
E isto nos dá uma plena serenidade e Paz. Da mesma maneira, quando não nos sentimos em Paz, certamente podemos pensar que não estamos em verdadeira intimidade com Deus.
Paciência. Sabendo que somos verdadeiramente amados e amáveis, podemos ser capazes de aceitar a dor, sofrendo a insensibilidade dos outros a nosso respeito, por vezes a sua incompreensão e até a injusta aceitação de quem nos não ama. Isto é a Paciência.
Benignidade. Significa moderação do nosso espírito de modo a evitarmos a hostilidade e agressividade. É a paciência acrescida de um espírito de gentileza que nos faz ter pelos outros a maior consideração, como uma atitude que nos deve ser natural. Isto é Benignidade.
Bondade. Refere-se ao modo como nós agimos e nos comportamos dentro do nosso meio, da nossa comunidade. Devemos ser o que verdadeiramente somos. Devemos tentar ser capazes de mostrar que somos a pessoa que mostramos ser. Devemos partilhar com os outros a medida do amor que nos vem do Espírito Santo que está em nós. E isto é que é a Bondade.
Fidelidade. Como fruto da fé, pela Fidelidade nós estamos seguros de que Deus está intimamente unido a nós e como o nosso próprio respirar nós acreditamos nos outros com mais facilidade. Podemos mostrar uma confiança mais profunda nas outras pessoas. E isto é a Fidelidade.
Mansidão. Com o coração apaziguado, não mais contam para nós os defeitos dos outros. Nós tomamos as nossas decisões, não com base nos males dos outros, mas sim na sua bondade, e na necessidade que eles possam ter de nós. É um fruto muito positivo que se chama Mansidão.
Longanimidade. É o espírito de resignação e magnanimidade que nos torna pacientes até ao ponto de sermos capazes de aceitar e suportar com altivez as próprias acusações injustas e os ultrajes e insultos com os quais os outros pretendem humilhar-nos. Um dom precioso em certas circunstâncias, talvez mal conhecido e mal apreciado e que se chama a Longanimidade.
Modéstia ou Temperança. Quando o espírito de amor enche toda a nossa vida, não mais precisamos de impressionar os outros com qualquer outra força ou grau de personalidade ou influência humana. Não precisamos de nos mostrarmos mais do que na realidade somos, preferindo ficar sempre aquém, e com a nossa humildade mostramos a nossa Modéstia ou Temperança.
Continência. O nosso meio ambiente e a nossa comunidade têm possibilidades de nos ajudar a alcançar o nosso autocontrole. Nós devemos desenvolver as nossas possibilidades e aumentar os nossos merecimentos, numa linha de vida impecável, que seja a melhor para nós e cujas acções sejam as mais apropriadas para uma longa vida, mantendo-nos em constante espírito de Continência.
Castidade. Também dentro da nossa comunidade nós devemos ser capazes de formar uma amizade, uma camaradagem e um respeito mútuo que nos ajudem a agir apropriadamente com o dom da nossa sexualidade. Quando nós ficamos marcados com o dom do Espírito Santo, logo começamos uma nova caminhada de crescimento, alheios ao contágio do mundo e às exigências da concupiscência, mantendo-nos em autêntica Castidade.
Com os Dons e Frutos do Espírito Santo, nós viveremos plenamente a nossa vida humana e cristã na nossa sociedade. Trabalhando com estes recursos e usando-os em profundidade, tornamo-nos aptos para, com a comunidade e com o Espírito Santo, viver uma vida de felicidade.
Na linguagem da Teologia clássica, quando as graças infusas transformam o coração, a inteligência, a alma e a vontade das pessoas, já elas podem esperar encontrar um amplo campo de Frutos do Espírito Santo.
Ajudados pelos Dons do Espírito Santo e enriquecidos pelos seus Frutos, estaremos mais aptos para uma evangelização mais eficaz e tão necessária para os tempos que vão correndo.
John Nascimento
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1830 . – A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem dócil aos impulsos do Espírito Santo.
1831 . – Os sete dons do Espítrito Santo são : a sabedoria, o entendimento, o conselho, a fortaleza, a ciência, a piedade e o temor de Deus. Pertencem, em plenitude, a Cristo, filho de David. Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam dóceis os fiéis na obediência às inspirações divinas.
No Antigo Testamento podemos ler em Isaías :
-“ Brotará uma vara do tronco de Jessé e um rebento das suas raízes:
- Espírito de Sabedoria e de Entendimento.
- Espírito de Conselho e de Fortaleza.
- Espírito de Ciência e de Temor de Deus.
- E pronunciará os seus decretos no Temor do Senhor”. (Is. 11,1-3).
Nestas palavras o profeta, Isaías indicou os Dons que devia possuir o Messias. Do mesmo modo estas palavras nos ensinam quais as qualidades especiais que hão-de receber os que seguem a Jesus, segundo a Economia Divina, quando eles recebem os Dons dos Espírito Santo.
Quando nós recebemos os Dons do Espírito Santo, recebemos os mesmos Dons que possuía o Messias, Jesus Cristo. O que é que estes Dons significam para nós ?
- Os Dons do Espírito Santo são qualidades especiais que nós recebemos principalmente no Sacramento da Confirmação (ou Crisma).
Por isso se diz que a Confirmação é o Sacramento do Espírito Santo. Por ele nós recebemos um crescimento e aprofundamento da graça baptismal, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica, ao tratar dos efeitos da Confirmação :
1302. - Ressalta desta celebração que o efeito do sacramento da Confirmação é a infusão do Espírito Santo em plenitude, tal como outrora aos Apóstolos, no dia de Pentecostes.
1303. - Daqui que a Confirmação venha trazer crescimento e aprofundamento da graça baptismal:
- Enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos permite dizer Abba! Pai! (Rom.8,15).
- Une-nos mais intimamente a Cristo.
- Aumenta em nós os Dons do Espírito Santo.
- Torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja.
- Dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagar e defender a fé, pela palavra e pela acção, como verdadeiras testemunhas de Cristo, e para nunca nos envergonharmos da Cruz.
Na mesma ordem apresentada por Isaías, nós temos ainda hoje os mesmos Dons do Espírito Santo e a Tradição acrescentou mais o Dom da Piedade.
Eis o que se deve entender por cada um deles :
Sabedoria : É o oposto à Estreiteza de espírito.A pessoa sábia não olha as coisas apenas de um ponto de vista, mas sim de maneira integral. Sabedoria significa ver as coisas de todos os ângulos. É esta larga visão que faz as pessoas sábias e é neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Sabedoria.
Entendimento : Significa a Ciência do coração. Entender significa ver a partir do coração das outras pessoas, sentir e conhecer os sentimentos e as atitudes do coração das outras pessoas. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom do Entendimento.
Conselho : Significa tomar boas decisões. Para se poderem tomar boas decisões é necessário um trabalho preparatório; ver as alternativas e prever as consequências. Então, quando a pessoa julga, o seu julgamento será correcto. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom do Conselho.
Fortaleza : Significa que é preciso viver as decisões tomadas, sejam quais forem as dificuldades. Significa coragem para viver as próprias convicções, a qualquer preço. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Fortaleza.
Ciência : Significa um conhecimento claro do mundo tal como ele é para cada um, conforme a época da vida em que se vive. O mundo vai mudando e é preciso interpretá-lo a seu tempo. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Ciência.
Piedade : Significa ter na devida conta e apreço o valor da vida e tudo o que a mantém e suporta. O Dom da Piedade é para se enfrentar a realidade e responsabilidade de cada um, como por exemplo, os pais dedicarem-se aos seus filhos com todo o cuidado e ternura. Cada um deve assumir as suas responsabilidades. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Piedade.
Temor de Deus : Significa que se deve reconhecer com profundos sentimentos de respeito e amor, que se está sempre na presença de Deus. Assim mais facilmente se reconhece o perigo do erro e do pecado bem como a vantagem do bem e do cumprimento do dever. É nesse sentido que nos pode ajudar o Dom do Temor de Deus.
Porque dá Deus os Seus Dons ao Seu Povo ?
Os Dons do Espirito Santo não são concedidos às pessoas apenas para sua felicidade pessoal no contexto da Economia Divina. Eles são concedidos para o bem da sua comunidade, para o bem de toda a Igreja e para o bem do mundo inteiro.
Os Dons do Espirito Santo são concedidos para ajudar a construir o Corpo Místico de Cristo e para o tornar santo. Os Dons do Espirito Santo tornam o Povo de Deus capaz de viver como Jesus viveu.
Os Dons do Espirito Santo concedem às pessoas tudo o que elas necessitam para se tornarem membros activos e plenamente participantes da vida cristã, elementos vivos da Igreja Católica.
Embora todos nós sejamos membros da Igreja Católica desde o dia do nosso Baptismo, todavia, todos nós, mais ou menos, temos dificuldade em cumprir tudo o que a Igreja Católica nos ensina.
No dia de Pentecostes, quando Pedro teve que falar para uma enorme multidão, ele resumiu o que é a fé da Igreja Católica nestes termos :
- "Homens de Israel, escutai estas palavras : Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós, por Seu intermédio, como vós próprios sabeis, a Este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, matastes, cravando-O na cruz, pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, libertando-O dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o seu domínio (... ) Foi a esse Jesus que Deus ressuscitou, do que nós somos testemunhas. Tendo sido elevado pela direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vedes e ouvis.. (... ). Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu, como Senhor e Messias, a esse Jesus por vós crucificado". (Act.2,22-36)
Mais tarde, no ano 325, os chefes da Igreja reuniram-se no Concílio Ecuménico de Niceia para estudarem e decretarem sobre as verdades da fé Católica e formularam o chamado Credo de Niceia que ainda hoje é recitado na Missa, e o qual inclui 14 decretos de Fé.
Os Dons do Espírito Santo são dons necessários para o plano da História da Salvação.
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1830 . – A vida moral dos cristãos é sustentada pelos dons do Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem dócil aos impulsos do Espírito Santo.
1831 . – Os sete dons do Espítrito Santo são : a sabedoria, o entendimento, o conselho, a fortaleza, a ciência, a piedade e o temor de Deus. Pertencem, em plenitude, a Cristo, filho de David. Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam dóceis os fiéis na obediência às inspirações divinas.
No Antigo Testamento podemos ler em Isaías :
-“ Brotará uma vara do tronco de Jessé e um rebento das suas raízes:
- Espírito de Sabedoria e de Entendimento.
- Espírito de Conselho e de Fortaleza.
- Espírito de Ciência e de Temor de Deus.
- E pronunciará os seus decretos no Temor do Senhor”. (Is. 11,1-3).
Nestas palavras o profeta, Isaías indicou os Dons que devia possuir o Messias. Do mesmo modo estas palavras nos ensinam quais as qualidades especiais que hão-de receber os que seguem a Jesus, segundo a Economia Divina, quando eles recebem os Dons dos Espírito Santo.
Quando nós recebemos os Dons do Espírito Santo, recebemos os mesmos Dons que possuía o Messias, Jesus Cristo. O que é que estes Dons significam para nós ?
- Os Dons do Espírito Santo são qualidades especiais que nós recebemos principalmente no Sacramento da Confirmação (ou Crisma).
Por isso se diz que a Confirmação é o Sacramento do Espírito Santo. Por ele nós recebemos um crescimento e aprofundamento da graça baptismal, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica, ao tratar dos efeitos da Confirmação :
1302. - Ressalta desta celebração que o efeito do sacramento da Confirmação é a infusão do Espírito Santo em plenitude, tal como outrora aos Apóstolos, no dia de Pentecostes.
1303. - Daqui que a Confirmação venha trazer crescimento e aprofundamento da graça baptismal:
- Enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos permite dizer Abba! Pai! (Rom.8,15).
- Une-nos mais intimamente a Cristo.
- Aumenta em nós os Dons do Espírito Santo.
- Torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja.
- Dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagar e defender a fé, pela palavra e pela acção, como verdadeiras testemunhas de Cristo, e para nunca nos envergonharmos da Cruz.
Na mesma ordem apresentada por Isaías, nós temos ainda hoje os mesmos Dons do Espírito Santo e a Tradição acrescentou mais o Dom da Piedade.
Eis o que se deve entender por cada um deles :
Sabedoria : É o oposto à Estreiteza de espírito.A pessoa sábia não olha as coisas apenas de um ponto de vista, mas sim de maneira integral. Sabedoria significa ver as coisas de todos os ângulos. É esta larga visão que faz as pessoas sábias e é neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Sabedoria.
Entendimento : Significa a Ciência do coração. Entender significa ver a partir do coração das outras pessoas, sentir e conhecer os sentimentos e as atitudes do coração das outras pessoas. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom do Entendimento.
Conselho : Significa tomar boas decisões. Para se poderem tomar boas decisões é necessário um trabalho preparatório; ver as alternativas e prever as consequências. Então, quando a pessoa julga, o seu julgamento será correcto. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom do Conselho.
Fortaleza : Significa que é preciso viver as decisões tomadas, sejam quais forem as dificuldades. Significa coragem para viver as próprias convicções, a qualquer preço. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Fortaleza.
Ciência : Significa um conhecimento claro do mundo tal como ele é para cada um, conforme a época da vida em que se vive. O mundo vai mudando e é preciso interpretá-lo a seu tempo. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Ciência.
Piedade : Significa ter na devida conta e apreço o valor da vida e tudo o que a mantém e suporta. O Dom da Piedade é para se enfrentar a realidade e responsabilidade de cada um, como por exemplo, os pais dedicarem-se aos seus filhos com todo o cuidado e ternura. Cada um deve assumir as suas responsabilidades. É neste sentido que nos pode ajudar o Dom da Piedade.
Temor de Deus : Significa que se deve reconhecer com profundos sentimentos de respeito e amor, que se está sempre na presença de Deus. Assim mais facilmente se reconhece o perigo do erro e do pecado bem como a vantagem do bem e do cumprimento do dever. É nesse sentido que nos pode ajudar o Dom do Temor de Deus.
Porque dá Deus os Seus Dons ao Seu Povo ?
Os Dons do Espirito Santo não são concedidos às pessoas apenas para sua felicidade pessoal no contexto da Economia Divina. Eles são concedidos para o bem da sua comunidade, para o bem de toda a Igreja e para o bem do mundo inteiro.
Os Dons do Espirito Santo são concedidos para ajudar a construir o Corpo Místico de Cristo e para o tornar santo. Os Dons do Espirito Santo tornam o Povo de Deus capaz de viver como Jesus viveu.
Os Dons do Espirito Santo concedem às pessoas tudo o que elas necessitam para se tornarem membros activos e plenamente participantes da vida cristã, elementos vivos da Igreja Católica.
Embora todos nós sejamos membros da Igreja Católica desde o dia do nosso Baptismo, todavia, todos nós, mais ou menos, temos dificuldade em cumprir tudo o que a Igreja Católica nos ensina.
No dia de Pentecostes, quando Pedro teve que falar para uma enorme multidão, ele resumiu o que é a fé da Igreja Católica nestes termos :
- "Homens de Israel, escutai estas palavras : Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós, por Seu intermédio, como vós próprios sabeis, a Este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, matastes, cravando-O na cruz, pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, libertando-O dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o seu domínio (... ) Foi a esse Jesus que Deus ressuscitou, do que nós somos testemunhas. Tendo sido elevado pela direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou o que vedes e ouvis.. (... ). Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu, como Senhor e Messias, a esse Jesus por vós crucificado". (Act.2,22-36)
Mais tarde, no ano 325, os chefes da Igreja reuniram-se no Concílio Ecuménico de Niceia para estudarem e decretarem sobre as verdades da fé Católica e formularam o chamado Credo de Niceia que ainda hoje é recitado na Missa, e o qual inclui 14 decretos de Fé.
Os Dons do Espírito Santo são dons necessários para o plano da História da Salvação.
O DESCANSO DOMINICAL
O DESCANSO DOMINICAL
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
2185. - Aos domingos e outros dias festivos de preceito, os fiéis abstenham-se de trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do Dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia ou devido repouso do corpo e do espírito. As necessidades familiares ou uma grande utilidade social constituem escusas legítimas em relação ao preceito do descanso dominical. Mas os fiéis estarão atentos a que legítimas desculpas não introduzam hábitos prejudiciais à religião, à vida familiar e à saúde.
A segunda obrigação para a celebração semanal do Domingo é o Descanso. À volta deste tema evoluíram outras tradições religiosas. Durante os primeiros três séculos do Cristianismo não havia qualquer tradição particular ou disciplina que proibisse o trabalho ou qualquer actividade ao Domingo.
Nem os baptizados estavam dispensados ou proibidos de trabalhar ao Domingo na primitiva Igreja. Muitos dos trabalhadores pertenciam a uma classe de pessoas mais humildes e até escravas. Quando a situação económica melhorou alguma coisa, tornou-se então popular a ideia de descansar um dia por semana.
Por seu lado, o desenvolvimento da celebração da Eucaristia como um rito ou culto obrigatório, sugeria que o dia de Descanso fosse ao Domingo. Um dia de Descanso semanal estava relacionado com a necessidade humana, reconhecida pela autoridade civil Romana, de haver um intervalo regular para a monotonia do trabalho, isto é, um dia de Descanso.
No dia 3 de Março (ou de Julho) de 321, o Imperador Constantino ordenou um feriado semanal consagrado para a "Veneração do dia do Sol". Este feriado teve como motivo, mais o culto e devoção pelo dia do Sol, como já tinha feito seu pai, do que por uma convicção religiosa.
Todavia esse decreto de Constantino, dava aos Cristãos os mesmos privilégios que tinham os pagãos para as suas festas durante todo o ano. O motivo para juntar o dia do Descanso com o culto do Domingo, não estava ligado ao sábado judaico nem ao cumprimento do 3° Mandamento.
Também não foi o motivo para descansar nesse dia. Quando os primeiros escritores cristãos fizeram a interpretação do 3° Mandamento para os baptizados, aconselharam a abstinência de actividades pecadoras tanto nos domingos como nos outros dias.
S. Jerónimo, e mais tarde o Concílio de Orleães (538) condenaram qualquer ligação entre o sábado judaico e o Descanso do Domingo cristão. Foi-se tornando, todavia, mais comum a compreensão da interligação dos Dez Mandamentos com o conteúdo da vida cristã.
A disciplina da Igreja sobre o Descanso do Domingo, foi-se acentuando e, em 589, o Concílio de Narbonne foi convocado para a proibição e respectivas penalidades do trabalho ao Domingo. Em 789, o Imperador Carlos Magno proibiu o trabalho do Domingo como violação do 3° Mandamento.
Esta proibição alastrou por toda a Igreja. Nunca houve, todavia, uma disciplina unânime sobre o género de trabalhos proibidos aos Domingos. Geralmente consideravam-se proibidos os trabalhos considerados desnecessários, ou que impedissem a Missa dominical e perturbassem a santidade desse dia. Fazia-se uma especial referência aos trabalhos físicos.
Presentemente a lei da Igreja é positiva :
Cân.1247. - Nos Domingos e dias santos de guarda os fiéis estão obrigados a abster-se daqueles trabalhos que impedem de prestar culto a Deus, a alegria que é própria do Dia do Senhor ou impedem o descanso para o espírito e para o corpo.
Por sua vez o Concílio Vaticano II estabeleceu :
- (... ) O Domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no espírito dos fiéis; seja também, o dia da alegria e do repouso. Não deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância, porque o domingo é o fundamento e o centro de todo o Ano litúrgico. (SC 106).
Por aqui se compreende que todas as actividades que se fazem por prazer, distracção, e relaxamento do corpo ou do espírito, não são considerados trabalhos proibidos ao Domingo.
Estão neste caso, ver TV, praticar desporto, desenhar ou pintar, fazer croché, e tudo o mais que se possa considerar um "Hobby", desde que não impeçam os deveres de culto e contribuam para a alegria e repouso do Dia do Senhor.
Falando dos Trabalhadores para a Messe do Senhor, evidentemente, falamos de um direito humano, mas não excluímos o direito ao descanso dominical pelas razões apontadas, nem esquecemos o que a Igreja ensina sobre o trabalho do Domingo.
O Santo Padre convida todos os católicos a assistirem à Missa Dominical, como base da formação moral e religiosa para a nossa sociedade.
O Catecismo da Igreja Católica sobre o Terceiro Mandamento diz em vários números:
* A Sagrada Escritura faz, a este propósito, memória da criação. (2169).
* A Sagrada Escritura revela ainda, no dia do Senhor, o memorial da libertação de Israel. (2170).
* O agir de Deus é o modelo do agir humano. (2172).
O mundo de hoje, profundamente materializado, numa linha de negócio, mas com a desculpa ou convicção de que é para o bem público, já não respeita devidamente o descanso dos Domingos, abrindo ao público os grandes Supermercados em que se jogam os interesses materiais com a obrigação do trabalho para os respectivos empregados, que, em muitos casos vão perdendo o interesse pelo culto sagrado do Dia do Senhor.
John Nascimento
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
2185. - Aos domingos e outros dias festivos de preceito, os fiéis abstenham-se de trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do Dia do Senhor, a prática das obras de misericórdia ou devido repouso do corpo e do espírito. As necessidades familiares ou uma grande utilidade social constituem escusas legítimas em relação ao preceito do descanso dominical. Mas os fiéis estarão atentos a que legítimas desculpas não introduzam hábitos prejudiciais à religião, à vida familiar e à saúde.
A segunda obrigação para a celebração semanal do Domingo é o Descanso. À volta deste tema evoluíram outras tradições religiosas. Durante os primeiros três séculos do Cristianismo não havia qualquer tradição particular ou disciplina que proibisse o trabalho ou qualquer actividade ao Domingo.
Nem os baptizados estavam dispensados ou proibidos de trabalhar ao Domingo na primitiva Igreja. Muitos dos trabalhadores pertenciam a uma classe de pessoas mais humildes e até escravas. Quando a situação económica melhorou alguma coisa, tornou-se então popular a ideia de descansar um dia por semana.
Por seu lado, o desenvolvimento da celebração da Eucaristia como um rito ou culto obrigatório, sugeria que o dia de Descanso fosse ao Domingo. Um dia de Descanso semanal estava relacionado com a necessidade humana, reconhecida pela autoridade civil Romana, de haver um intervalo regular para a monotonia do trabalho, isto é, um dia de Descanso.
No dia 3 de Março (ou de Julho) de 321, o Imperador Constantino ordenou um feriado semanal consagrado para a "Veneração do dia do Sol". Este feriado teve como motivo, mais o culto e devoção pelo dia do Sol, como já tinha feito seu pai, do que por uma convicção religiosa.
Todavia esse decreto de Constantino, dava aos Cristãos os mesmos privilégios que tinham os pagãos para as suas festas durante todo o ano. O motivo para juntar o dia do Descanso com o culto do Domingo, não estava ligado ao sábado judaico nem ao cumprimento do 3° Mandamento.
Também não foi o motivo para descansar nesse dia. Quando os primeiros escritores cristãos fizeram a interpretação do 3° Mandamento para os baptizados, aconselharam a abstinência de actividades pecadoras tanto nos domingos como nos outros dias.
S. Jerónimo, e mais tarde o Concílio de Orleães (538) condenaram qualquer ligação entre o sábado judaico e o Descanso do Domingo cristão. Foi-se tornando, todavia, mais comum a compreensão da interligação dos Dez Mandamentos com o conteúdo da vida cristã.
A disciplina da Igreja sobre o Descanso do Domingo, foi-se acentuando e, em 589, o Concílio de Narbonne foi convocado para a proibição e respectivas penalidades do trabalho ao Domingo. Em 789, o Imperador Carlos Magno proibiu o trabalho do Domingo como violação do 3° Mandamento.
Esta proibição alastrou por toda a Igreja. Nunca houve, todavia, uma disciplina unânime sobre o género de trabalhos proibidos aos Domingos. Geralmente consideravam-se proibidos os trabalhos considerados desnecessários, ou que impedissem a Missa dominical e perturbassem a santidade desse dia. Fazia-se uma especial referência aos trabalhos físicos.
Presentemente a lei da Igreja é positiva :
Cân.1247. - Nos Domingos e dias santos de guarda os fiéis estão obrigados a abster-se daqueles trabalhos que impedem de prestar culto a Deus, a alegria que é própria do Dia do Senhor ou impedem o descanso para o espírito e para o corpo.
Por sua vez o Concílio Vaticano II estabeleceu :
- (... ) O Domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no espírito dos fiéis; seja também, o dia da alegria e do repouso. Não deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância, porque o domingo é o fundamento e o centro de todo o Ano litúrgico. (SC 106).
Por aqui se compreende que todas as actividades que se fazem por prazer, distracção, e relaxamento do corpo ou do espírito, não são considerados trabalhos proibidos ao Domingo.
Estão neste caso, ver TV, praticar desporto, desenhar ou pintar, fazer croché, e tudo o mais que se possa considerar um "Hobby", desde que não impeçam os deveres de culto e contribuam para a alegria e repouso do Dia do Senhor.
Falando dos Trabalhadores para a Messe do Senhor, evidentemente, falamos de um direito humano, mas não excluímos o direito ao descanso dominical pelas razões apontadas, nem esquecemos o que a Igreja ensina sobre o trabalho do Domingo.
O Santo Padre convida todos os católicos a assistirem à Missa Dominical, como base da formação moral e religiosa para a nossa sociedade.
O Catecismo da Igreja Católica sobre o Terceiro Mandamento diz em vários números:
* A Sagrada Escritura faz, a este propósito, memória da criação. (2169).
* A Sagrada Escritura revela ainda, no dia do Senhor, o memorial da libertação de Israel. (2170).
* O agir de Deus é o modelo do agir humano. (2172).
O mundo de hoje, profundamente materializado, numa linha de negócio, mas com a desculpa ou convicção de que é para o bem público, já não respeita devidamente o descanso dos Domingos, abrindo ao público os grandes Supermercados em que se jogam os interesses materiais com a obrigação do trabalho para os respectivos empregados, que, em muitos casos vão perdendo o interesse pelo culto sagrado do Dia do Senhor.
John Nascimento
BÍBLIA : SOLA SCRIPTURA E A INTERPRETAÇÃO INDIVIDUAL - DIÁLOGO CATÓLICO & PROTESTANTE!
BÍBLIA : SOLA SCRIPTURA E A INTERPRETAÇÃO INDIVIDUAL - DIÁLOGO CATÓLICO & PROTESTANTE!
Enviado por doutrina em 26/06/2011 05:29:00 (628 leituras)
Autor: Rafael Rodrigues
Fonte: apologeticacatólica.org
Uma das principais diferenças entre católicos e protestantes reside na questão de onde está a autoridade. Enquanto os católicos aceitam a autoridade da Igreja e da Tradição, os protestantes afirmam que seguem apenas a Bíblia (sola Scriptura), e que cada crente tem a última palavra sobre a interpretação final em termos de preocupações de doutrina e prática (interpretação pessoal ou livre exame da Bíblia.)
Mas, para entender um pouco mais esta forma de pensar eu traduzi uma conversa fictícia entre um católico e um protestante apologista Dave Armstrong, que se reproduz em seu livro, “Mais evidências bíblicas para o catolicismo”:
Protestante (P): X é uma verdadeira doutrina, é verdade, porque está na Bíblia.
Católico (C): Segundo qual tradição denominacional?
P: A nossa …
C: Como você sabe que a sua tradição é a verdadeira e as outras são falsas?
P: Porque nós somos os únicos que têm a interpretação mais fiel da Escritura, pois somos os mais bíblicos.
C: Como você sabe que sua interpretação é mais fiel às Escrituras?
P: Por que nossa exegese é a mais harmoniosa e coerente com o texto e, portanto, o ensino mais claro da Bíblia.
C: Mas o resto das tradições protestantes afirmam a mesma coisa …
P: Devo dizer com grande respeito e amor que eles estão errados.
C: Como você sabe que eles estão errados? Se os protestantes não tem que ser tolerantes uns com os outros em suas “diferenças”, especialmente nos pontos “secundários”?, Mas você está chamando seus irmãos em Cristo “errados”
P: Eu sou obrigado, porque eles não conseguiram a correta hermenêutica e exegese, e eu devo ser fiel à verdade bíblica.
C: Mas como você sabe que eles falharam em seu método de interpretação?
P: Através da Bíblia e do estudo lingüístico, eo consenso dos estudiosos e comentadores.
C: Mas eu repito: Aos outros são dados os mesmos privilégios e competências.
P: Então, novamente eu digo: errado. Eles devem ter ficado cegos por seus preconceitos e pressuposições, ou até mesmo por seus pecados.
C: Como você sabe?
P: Porque eles chegaram a conclusões erradas sobre o que a Bíblia ensina claramente.
C: Francamente, o seu é um raciocínio circular. Mas mesmo aceitando a sua resposta eu pergunto: Como pode essa pessoa incauta e não buscadora da verdade escolher esta denominação como aquela que ensina a verdade sobre as Escrituras?
P: Olhando para aquele que é mais bíblica.
C: Não comece isso de novo (risos). Todos afirmam ser.
P: Bem, então, aquela que é apostólica e tem raízes nos primórdios da Igreja.
C: Então os pais devem ser estudados a fim de determinar quem é a verdadeira tradição apostólica?
P: Sim, eu acho.
C: Mas se você achar que a grande maioria dos pais tinha uma posição em qualquer doutrina contrária à sua posição?
P: Então, eles estavam errados sobre esse ponto.
C: Como você sabe?
P:Por que estudo as Escrituras
C: Então, quando tudo estiver dito e feito, é irrelevante o que a Igreja cristã ou os pais ou a Igreja tem acreditado em toda a história?
P: Não completamente, mas devo julgar se o que eles alegaram está em conformidade com a Bíblia.
C: Então você tem a última palavra e, portanto, é o árbitro final de cada tradição e da doutrina cristã?
P: Bem, se você quiser colocá-lo dessa maneira, sim.
C: Não é arrogante?
P: Não tanto quanto um papa e um grupo de pessoas mais velhas com chapéus vermelhos e vestido, me dizem o que acreditarr (risos)
C: Então você se faz o árbitro final de cada doutrina cristã, e objeta o Papa que faz um pronunciamento infalível a cada cem anos ou mais? É irônico! Sem dizer que isso te faz uma espécie de ” Super Papa “
P: Você diz que quiser, mas nós o chamamos o primado da consciência individual.
C: Então você acha que sua própria opinião individual e “consciência” é superior à combinação do consenso de centenas de anos da história da igreja, os pronunciamentos do papa, a tradição da igreja e concílios ecumênicos …
P: Sim, porque se uma doutrina não é bíblica, por isso deve denunciar qualquer tradição dos homens, que é o caso.
C: Mas como você sabe que é uma tradição humana?
P: Por que não concordam com a Bíblia ….
C: Com base em que tradição denominacional?
P: A nossa …
C: Eu vou embora, já estou ficando com uma dor de cabeça …
Uma discussão similar há algum tempo atrás eu com um protestante e foi muito frustrante ver como ele não podia sair desse círculo vicioso. No seu caso particular, era completamente inconsciente da diferença entre a Escritura e sua interpretação. Para ele, o que ele achava da Bíblia foi o que ela disse, e quem é interpretava de forma diferente estava errado e ponto, seja por não estudar o suficiente,por não ter o Espírito Santo, ou ser cegado pelo pecado, por ter ” herdado” preconceitos do catolicismo romano, e etc. Foi também curioso vê-los citar eruditos: Se o que eles disseram foi em conformidade com o que ele alegou, sua opinião foi válida, mas se não, uma maldição.
Depois de tudo o que temos é o que se poderia chamar de “cafeteria do cristianismo”: Cada pessoa escolhe quais as doutrinas querem acreditar, toma dali e daqui igual ao consumidor com seu carrinho de compras passa através das prateleiras do supermercado e comprar o que quiser nas quantidades que preferir.
Escusado seria dizer que esta posição acaba por ser só inviável para alcançar a unidade doutrinária que exige a Igreja de Cristo (1 Coríntios 1.10), mas que ela não é bíblica por negar a autoridade instituída por Cristo na Igreja (Lc 10, 16) como administradora dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4.1).
Não admira que este pensamento foi soprado ao protestantismo em grupos cada vez menores para gerar milhares de denominações. Ainda hoje é possível encontrar diferenças entre as denominações semelhantes diferenças extremamente grave. Existem Igrejas Luteranas e Presbiterianas que apóiam o aborto e outras não, o casamento gay há alguns que apóiam outros não, o que não nada senão é apenas um sintoma de como a corrupção penetrou profundamente na não só em suas praticas mas em suas doutrina (não podemos descrever de outra forma os que concordam e justificar o assassinato de bebês em gestação e a sodomia.)
Devo dizer que os cristãos da Igreja não são invulneráveis a riscos que destes modos de pensar, aí encontramos mais e mais “católicos”, com um pensamento semelhante em muitos pontos dos protestantes e rejeitar a autoridade da Igreja, mesmo sobre a doutrina fundamental. Há uma abundância dos católicos de frente “progressista” publicamente negando dogmas, bem como “lefebvrianos” direta ou veladamente discordando de um Concílio Ecumênico, pregando o congelamento da tradição e rejeitando o ensinamento da Igreja de hoje com base em sua própria interpretação da tradição do passado.
Para todos estes casos, se não quisermos sofrer o destino protestantes e imerso na idolatria da consciência individual, não há outro jeito, se não a professar a fé da Igreja integra e absoluto.
Enviado por doutrina em 26/06/2011 05:29:00 (628 leituras)
Autor: Rafael Rodrigues
Fonte: apologeticacatólica.org
Uma das principais diferenças entre católicos e protestantes reside na questão de onde está a autoridade. Enquanto os católicos aceitam a autoridade da Igreja e da Tradição, os protestantes afirmam que seguem apenas a Bíblia (sola Scriptura), e que cada crente tem a última palavra sobre a interpretação final em termos de preocupações de doutrina e prática (interpretação pessoal ou livre exame da Bíblia.)
Mas, para entender um pouco mais esta forma de pensar eu traduzi uma conversa fictícia entre um católico e um protestante apologista Dave Armstrong, que se reproduz em seu livro, “Mais evidências bíblicas para o catolicismo”:
Protestante (P): X é uma verdadeira doutrina, é verdade, porque está na Bíblia.
Católico (C): Segundo qual tradição denominacional?
P: A nossa …
C: Como você sabe que a sua tradição é a verdadeira e as outras são falsas?
P: Porque nós somos os únicos que têm a interpretação mais fiel da Escritura, pois somos os mais bíblicos.
C: Como você sabe que sua interpretação é mais fiel às Escrituras?
P: Por que nossa exegese é a mais harmoniosa e coerente com o texto e, portanto, o ensino mais claro da Bíblia.
C: Mas o resto das tradições protestantes afirmam a mesma coisa …
P: Devo dizer com grande respeito e amor que eles estão errados.
C: Como você sabe que eles estão errados? Se os protestantes não tem que ser tolerantes uns com os outros em suas “diferenças”, especialmente nos pontos “secundários”?, Mas você está chamando seus irmãos em Cristo “errados”
P: Eu sou obrigado, porque eles não conseguiram a correta hermenêutica e exegese, e eu devo ser fiel à verdade bíblica.
C: Mas como você sabe que eles falharam em seu método de interpretação?
P: Através da Bíblia e do estudo lingüístico, eo consenso dos estudiosos e comentadores.
C: Mas eu repito: Aos outros são dados os mesmos privilégios e competências.
P: Então, novamente eu digo: errado. Eles devem ter ficado cegos por seus preconceitos e pressuposições, ou até mesmo por seus pecados.
C: Como você sabe?
P: Porque eles chegaram a conclusões erradas sobre o que a Bíblia ensina claramente.
C: Francamente, o seu é um raciocínio circular. Mas mesmo aceitando a sua resposta eu pergunto: Como pode essa pessoa incauta e não buscadora da verdade escolher esta denominação como aquela que ensina a verdade sobre as Escrituras?
P: Olhando para aquele que é mais bíblica.
C: Não comece isso de novo (risos). Todos afirmam ser.
P: Bem, então, aquela que é apostólica e tem raízes nos primórdios da Igreja.
C: Então os pais devem ser estudados a fim de determinar quem é a verdadeira tradição apostólica?
P: Sim, eu acho.
C: Mas se você achar que a grande maioria dos pais tinha uma posição em qualquer doutrina contrária à sua posição?
P: Então, eles estavam errados sobre esse ponto.
C: Como você sabe?
P:Por que estudo as Escrituras
C: Então, quando tudo estiver dito e feito, é irrelevante o que a Igreja cristã ou os pais ou a Igreja tem acreditado em toda a história?
P: Não completamente, mas devo julgar se o que eles alegaram está em conformidade com a Bíblia.
C: Então você tem a última palavra e, portanto, é o árbitro final de cada tradição e da doutrina cristã?
P: Bem, se você quiser colocá-lo dessa maneira, sim.
C: Não é arrogante?
P: Não tanto quanto um papa e um grupo de pessoas mais velhas com chapéus vermelhos e vestido, me dizem o que acreditarr (risos)
C: Então você se faz o árbitro final de cada doutrina cristã, e objeta o Papa que faz um pronunciamento infalível a cada cem anos ou mais? É irônico! Sem dizer que isso te faz uma espécie de ” Super Papa “
P: Você diz que quiser, mas nós o chamamos o primado da consciência individual.
C: Então você acha que sua própria opinião individual e “consciência” é superior à combinação do consenso de centenas de anos da história da igreja, os pronunciamentos do papa, a tradição da igreja e concílios ecumênicos …
P: Sim, porque se uma doutrina não é bíblica, por isso deve denunciar qualquer tradição dos homens, que é o caso.
C: Mas como você sabe que é uma tradição humana?
P: Por que não concordam com a Bíblia ….
C: Com base em que tradição denominacional?
P: A nossa …
C: Eu vou embora, já estou ficando com uma dor de cabeça …
Uma discussão similar há algum tempo atrás eu com um protestante e foi muito frustrante ver como ele não podia sair desse círculo vicioso. No seu caso particular, era completamente inconsciente da diferença entre a Escritura e sua interpretação. Para ele, o que ele achava da Bíblia foi o que ela disse, e quem é interpretava de forma diferente estava errado e ponto, seja por não estudar o suficiente,por não ter o Espírito Santo, ou ser cegado pelo pecado, por ter ” herdado” preconceitos do catolicismo romano, e etc. Foi também curioso vê-los citar eruditos: Se o que eles disseram foi em conformidade com o que ele alegou, sua opinião foi válida, mas se não, uma maldição.
Depois de tudo o que temos é o que se poderia chamar de “cafeteria do cristianismo”: Cada pessoa escolhe quais as doutrinas querem acreditar, toma dali e daqui igual ao consumidor com seu carrinho de compras passa através das prateleiras do supermercado e comprar o que quiser nas quantidades que preferir.
Escusado seria dizer que esta posição acaba por ser só inviável para alcançar a unidade doutrinária que exige a Igreja de Cristo (1 Coríntios 1.10), mas que ela não é bíblica por negar a autoridade instituída por Cristo na Igreja (Lc 10, 16) como administradora dos mistérios de Deus (1 Coríntios 4.1).
Não admira que este pensamento foi soprado ao protestantismo em grupos cada vez menores para gerar milhares de denominações. Ainda hoje é possível encontrar diferenças entre as denominações semelhantes diferenças extremamente grave. Existem Igrejas Luteranas e Presbiterianas que apóiam o aborto e outras não, o casamento gay há alguns que apóiam outros não, o que não nada senão é apenas um sintoma de como a corrupção penetrou profundamente na não só em suas praticas mas em suas doutrina (não podemos descrever de outra forma os que concordam e justificar o assassinato de bebês em gestação e a sodomia.)
Devo dizer que os cristãos da Igreja não são invulneráveis a riscos que destes modos de pensar, aí encontramos mais e mais “católicos”, com um pensamento semelhante em muitos pontos dos protestantes e rejeitar a autoridade da Igreja, mesmo sobre a doutrina fundamental. Há uma abundância dos católicos de frente “progressista” publicamente negando dogmas, bem como “lefebvrianos” direta ou veladamente discordando de um Concílio Ecumênico, pregando o congelamento da tradição e rejeitando o ensinamento da Igreja de hoje com base em sua própria interpretação da tradição do passado.
Para todos estes casos, se não quisermos sofrer o destino protestantes e imerso na idolatria da consciência individual, não há outro jeito, se não a professar a fé da Igreja integra e absoluto.
Deve-se aplaudir a Palavra proclamada nas missas?
Deve-se aplaudir a Palavra proclamada nas missas?
O que você acha? Eu tenho certeza!
Vejamos...
A liturgia eucarística vem sempre precedida de uma liturgia da palavra. Por quê? Qual a razão profunda deste fato e como devemos entender e vivenciar espiritualmente a relação entre estas duas partes da celebração eucarística, a missa? Quais são as conseqüências disso para nossa prática pastoral?
Em algumas comunidades, os seus respectivos pastores, interferem na persuasão da proclamação da palavra, dizem ser bobagem ficar aplaudindo a palavra quando a mesma foi proclamada. Será que a palavra não tem significado persuasivo para a liturgia, para a celebração ou para a eucaristia?
Vamos analisar os dois contextos celebrativos da missa: MESA DA PALAVRA x MESA EUCARISTICA.
A liturgia da Palavra não é um simples preâmbulo ou ‘ante-missa’ como era considerada antes do Concílio Vaticano II. É parte integrante. Fala-se de ‘duas mesas’ onde é distribuído o pão da vida: a mesa da palavra e a mesa do corpo de Cristo: “Espiritualmente alimentada nestas duas mesas, a Igreja, em uma, instrui-se mais, e na outra se santifica mais plenamente; pois na palavra de Deus se anuncia a aliança divina, e na Eucaristia se renova esta mesma aliança nova e eterna. Numa, recorda-se a história da salvação com palavras; na outra, a mesma história se expressa por meio dos sinais sacramentais da Liturgia”1
Ora, Sagrada Escritura (principalmente o evangeliário), recebe a mesma veneração que o mistério eucarístico (entrada solene, incensação, beijo do evangeliário, atenção dada à proclamação, aclamação com plamas, etc). Tanto a palavra de Deus quanto o mistério eucarístico são considerados, pela tradição, o corpo de Cristo (Cf. IELM 10). Vejamos dois textos significativos, um de são Jerônimo, outro de Cesário de Arles2:
“Eu penso que o Corpo de Cristo é o evangelho e que seus ensinamentos são as sagradas escrituras. Quando, pois, Jesus diz: ‘Quem não come minha carne e não bebe o meu sangue, não tem a vida,’, podemos certamente entender que ele está falando da eucaristia. Mas é certo igualmente que o Corpo de Cristo e seu sangue são a palavra das escrituras, seu divino ensinamento. Quando participamos da celebração da eucaristia, tomamos cuidado para que nenhuma migalha se perca. Quando ouvimos a palavra de Deus, quando a palavra de Deus é dada a nossos ouvidos e nós, então, ficamos pensando em outras coisas, que cuidado tomamos? Alimentamo-nos da carne de Cristo, não somente na eucaristia, mas também na leitura das escrituras.” (São Jerônimo, Comentário sobre o Livro do Eclesiastes)3.
"Eu lhes pergunto, irmãos e irmãs, digam o que, na opinião de vocês, tem mais valor: a Palavra de Deus ou o Corpo do Cristo? Se quiserem dar a verdadeira resposta, certamente deverão dizer que a palavra de Deus não vale menos que o corpo do Cristo. E por isso, todo o cuidado que tomamos quando nos é dado o corpo do Cristo, para que nenhuma parte escape de nossas mãos e caia por terra, tomemos este mesmo cuidado, para que a palavra de Deus que nos é entregue, não morra em nosso coração enquanto ficamos pensando em outras coisas ou falando de outras coisas; pois aquela pessoa que escuta de maneira negligente a palavra de Deus, não será menos culpada que aquela que, por negligência, permitisse que caia por terra o corpo do Cristo." (Sermo 78,2, Sources Chrétiennes, 330, p. 241).4
Então, podemos dizer que a liturgia da palavra e a liturgia eucarística são considerados ‘um só ato de culto’: ”Estão tão intimamente ligadas entre si as duas partes de que se compõe, de algum modo, a missa - a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística - que formam um só ato de culto. (SC 56; Cf. IELM 10), é bonita demais a nossa liturgia!
Na missa, a liturgia da palavra é o primeiro elemento: ouvimos a boa nova e as exigências da nova aliança realizada na pessoa de Jesus (leituras bíblicas, homilia). Respondemos com a profissão de fé, assumindo o compromisso de pautar toda a nossa vida na palavra do Senhor, aguardando a plena realização do Reino. E assim a assembléia dos fiéis vai se convertendo cada vez mais em povo da nova aliança (Cf. IELM 45). A liturgia eucarística é o segundo elemento, quando a aliança é renovada, selada, efetivada no memorial da morte-ressurreição de Jesus, com o pão e o vinho que serão repartidos entre todos. Assim o expressa a IELM: “...o anúncio da morte e ressurreição do Senhor e a resposta do povo que escuta se unem inseparavelmente com a própria oblação, pela qual Cristo confirmou com o seu sangue a nova Aliança...(n. 44, citando PO 4). “Na ação litúrgica, a Igreja responde fielmente o mesmo ‘Amém’ que Cristo (...) pronunciou, de uma vez para sempre, ao derramar seu sangue, a fim de selar, com a força de Deus, a nova aliança no Espírito Santo.” (IELM 6). Desta forma, “sempre que a Igreja, congregada pelo Espírito Santo na celebração litúrgica, anuncia e proclama a palavra de Deus com extrema alegria, pois é Deus quem nos fala e a comunidade participante, se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual a aliança antigamente travada chega agora à sua plenitude e perfeição.” (IELM 7).
Na liturgia da palavra, todas as leituras bíblicas (assim como todos os acontecimentos de nossa vida pessoal e social) são interpretadas a partir do mistério pascal do Senhor. É que, para nós, cristãos, a história da salvação culmina na pessoa de Jesus Cristo. Por isso, ele é também “o centro e a plenitude de toda a Escritura e de toda a celebração litúrgica” (IELM 5), por isso a palavra precisa ser aclamada, aplaudida, pois é o Pai que se revela no seu filho Jesus pela ação amorosa do Espírito Santo.
Quando nos referimos a Jesus Cristo na liturgia, não estamos lembrando uma pessoa ausente ou um fato do passado apenas; estamos na presença de um vivo: o Ressuscitado. A força e eficácia da liturgia nos vêm desta presença real, atual e atuante de Cristo e de seu Espírito transformador na assembléia litúrgica, tanto na liturgia da palavra, quanto na liturgia eucarística: “Para que possam celebrar vivamente o memorial do Senhor, lembrem-se os fiéis de que a presença de Cristo é uma só, tanto na palavra de Deus, ‘pois quando se lê na Igreja a Sagrada Escritura, é ele quem fala’, como ‘especialmente sob as espécies eucarísticas’ (IELM 46, com citação de SC 7).
No sínodo dos bispos o cardeal Carlo Maria Martini, dizia que: "A Igreja nasce da Palavra de Deus, cujo significado último é o próprio Verbo de Deus e o Verbo encarnado, Jesus Cristo. É a Palavra dos profetas, a Palavra dos apóstolos e, por fim, a Palavra escrita da Bíblia. A Igreja nasce dessa Palavra e, portanto, se renova, se regenera toda vez que retorna a essa Palavra. Em particular, a Palavra da Escritura está nas mãos da Igreja, a fim de que a Igreja recorra a ela amplamente, e a fim de que se renove nesse contato. De fato, a Igreja, continuamente, se renova, bebendo da fonte da Palavra de Deus, assim como se renova nutrindo-se da Eucaristia."
Eu não aplaudo a palavra só porque sou carismático, não existe isso. A Palavra em si é carismática, pois é inspirada e refletida sob a ação do Espírito Santo.
Queridos, concluo dizendo que: A palavra de Deus deve ser motivo de alegria em nossas celebrações, sejam sacramentais ou sacramentos.
Os preceitos de Deus alegram o coração. Eles nos dão alegria. A obediência aos preceitos de Deus produz uma alegria plena em nosso coração. O vazio de nossa vida é preenchido por esta Palavra. Andar em seus caminhos retos nos faz desfrutam de uma vida de alegria com toda nossa disposição. Como um guia que nos educa: a palavra de Deus nos toma pela mão, e nos guia na estrada reta da vida. Leva-nos a desfrutar de uma satisfação moral, de uma paz na consciência, da certeza de ter tido nosso passado perdoado, da confiança de estar no caminho certo no presente, e da esperança de que nosso futuro será glorioso. Isto enche nosso coração de alegria.
Por isso digo que a palavra de Deus deve ser aclamada sempre. É o Pedagogo Deus que nos conduz à verdade. Viva o Pai, viva o Filho, viva o Espírito que nos inspira e nos ensina. Viva a Trindade Santa. Amém. Que a alegria do Senhor seja a vossa força!
(Ne 8,10).
PE. Fróes
Bibliografia:
• BUYST, Ione. A Palavra de Deus na liturgia. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2004. (Col. Rede Celebra, 1).
• Documento Concílio Vaticano II: Sacrossanctum Concilium (Sagrada Liturgia)
• Documento Concílio Vaticano II: Dei Verbum (Palavra de Deus)
• GUIMARÃES, Marcelo Resende. Conversando com os Pais e Mães da Igreja, Petrópolis: Vozes, 1994.
• IELM - Introdução geral ao elenco das leituras da missa.
• Documento sobre as Missões: AD Gentes (Para os Povos)
• Instrução Geral do Missal Romano: IGMR
O que você acha? Eu tenho certeza!
Vejamos...
A liturgia eucarística vem sempre precedida de uma liturgia da palavra. Por quê? Qual a razão profunda deste fato e como devemos entender e vivenciar espiritualmente a relação entre estas duas partes da celebração eucarística, a missa? Quais são as conseqüências disso para nossa prática pastoral?
Em algumas comunidades, os seus respectivos pastores, interferem na persuasão da proclamação da palavra, dizem ser bobagem ficar aplaudindo a palavra quando a mesma foi proclamada. Será que a palavra não tem significado persuasivo para a liturgia, para a celebração ou para a eucaristia?
Vamos analisar os dois contextos celebrativos da missa: MESA DA PALAVRA x MESA EUCARISTICA.
A liturgia da Palavra não é um simples preâmbulo ou ‘ante-missa’ como era considerada antes do Concílio Vaticano II. É parte integrante. Fala-se de ‘duas mesas’ onde é distribuído o pão da vida: a mesa da palavra e a mesa do corpo de Cristo: “Espiritualmente alimentada nestas duas mesas, a Igreja, em uma, instrui-se mais, e na outra se santifica mais plenamente; pois na palavra de Deus se anuncia a aliança divina, e na Eucaristia se renova esta mesma aliança nova e eterna. Numa, recorda-se a história da salvação com palavras; na outra, a mesma história se expressa por meio dos sinais sacramentais da Liturgia”1
Ora, Sagrada Escritura (principalmente o evangeliário), recebe a mesma veneração que o mistério eucarístico (entrada solene, incensação, beijo do evangeliário, atenção dada à proclamação, aclamação com plamas, etc). Tanto a palavra de Deus quanto o mistério eucarístico são considerados, pela tradição, o corpo de Cristo (Cf. IELM 10). Vejamos dois textos significativos, um de são Jerônimo, outro de Cesário de Arles2:
“Eu penso que o Corpo de Cristo é o evangelho e que seus ensinamentos são as sagradas escrituras. Quando, pois, Jesus diz: ‘Quem não come minha carne e não bebe o meu sangue, não tem a vida,’, podemos certamente entender que ele está falando da eucaristia. Mas é certo igualmente que o Corpo de Cristo e seu sangue são a palavra das escrituras, seu divino ensinamento. Quando participamos da celebração da eucaristia, tomamos cuidado para que nenhuma migalha se perca. Quando ouvimos a palavra de Deus, quando a palavra de Deus é dada a nossos ouvidos e nós, então, ficamos pensando em outras coisas, que cuidado tomamos? Alimentamo-nos da carne de Cristo, não somente na eucaristia, mas também na leitura das escrituras.” (São Jerônimo, Comentário sobre o Livro do Eclesiastes)3.
"Eu lhes pergunto, irmãos e irmãs, digam o que, na opinião de vocês, tem mais valor: a Palavra de Deus ou o Corpo do Cristo? Se quiserem dar a verdadeira resposta, certamente deverão dizer que a palavra de Deus não vale menos que o corpo do Cristo. E por isso, todo o cuidado que tomamos quando nos é dado o corpo do Cristo, para que nenhuma parte escape de nossas mãos e caia por terra, tomemos este mesmo cuidado, para que a palavra de Deus que nos é entregue, não morra em nosso coração enquanto ficamos pensando em outras coisas ou falando de outras coisas; pois aquela pessoa que escuta de maneira negligente a palavra de Deus, não será menos culpada que aquela que, por negligência, permitisse que caia por terra o corpo do Cristo." (Sermo 78,2, Sources Chrétiennes, 330, p. 241).4
Então, podemos dizer que a liturgia da palavra e a liturgia eucarística são considerados ‘um só ato de culto’: ”Estão tão intimamente ligadas entre si as duas partes de que se compõe, de algum modo, a missa - a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística - que formam um só ato de culto. (SC 56; Cf. IELM 10), é bonita demais a nossa liturgia!
Na missa, a liturgia da palavra é o primeiro elemento: ouvimos a boa nova e as exigências da nova aliança realizada na pessoa de Jesus (leituras bíblicas, homilia). Respondemos com a profissão de fé, assumindo o compromisso de pautar toda a nossa vida na palavra do Senhor, aguardando a plena realização do Reino. E assim a assembléia dos fiéis vai se convertendo cada vez mais em povo da nova aliança (Cf. IELM 45). A liturgia eucarística é o segundo elemento, quando a aliança é renovada, selada, efetivada no memorial da morte-ressurreição de Jesus, com o pão e o vinho que serão repartidos entre todos. Assim o expressa a IELM: “...o anúncio da morte e ressurreição do Senhor e a resposta do povo que escuta se unem inseparavelmente com a própria oblação, pela qual Cristo confirmou com o seu sangue a nova Aliança...(n. 44, citando PO 4). “Na ação litúrgica, a Igreja responde fielmente o mesmo ‘Amém’ que Cristo (...) pronunciou, de uma vez para sempre, ao derramar seu sangue, a fim de selar, com a força de Deus, a nova aliança no Espírito Santo.” (IELM 6). Desta forma, “sempre que a Igreja, congregada pelo Espírito Santo na celebração litúrgica, anuncia e proclama a palavra de Deus com extrema alegria, pois é Deus quem nos fala e a comunidade participante, se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual a aliança antigamente travada chega agora à sua plenitude e perfeição.” (IELM 7).
Na liturgia da palavra, todas as leituras bíblicas (assim como todos os acontecimentos de nossa vida pessoal e social) são interpretadas a partir do mistério pascal do Senhor. É que, para nós, cristãos, a história da salvação culmina na pessoa de Jesus Cristo. Por isso, ele é também “o centro e a plenitude de toda a Escritura e de toda a celebração litúrgica” (IELM 5), por isso a palavra precisa ser aclamada, aplaudida, pois é o Pai que se revela no seu filho Jesus pela ação amorosa do Espírito Santo.
Quando nos referimos a Jesus Cristo na liturgia, não estamos lembrando uma pessoa ausente ou um fato do passado apenas; estamos na presença de um vivo: o Ressuscitado. A força e eficácia da liturgia nos vêm desta presença real, atual e atuante de Cristo e de seu Espírito transformador na assembléia litúrgica, tanto na liturgia da palavra, quanto na liturgia eucarística: “Para que possam celebrar vivamente o memorial do Senhor, lembrem-se os fiéis de que a presença de Cristo é uma só, tanto na palavra de Deus, ‘pois quando se lê na Igreja a Sagrada Escritura, é ele quem fala’, como ‘especialmente sob as espécies eucarísticas’ (IELM 46, com citação de SC 7).
No sínodo dos bispos o cardeal Carlo Maria Martini, dizia que: "A Igreja nasce da Palavra de Deus, cujo significado último é o próprio Verbo de Deus e o Verbo encarnado, Jesus Cristo. É a Palavra dos profetas, a Palavra dos apóstolos e, por fim, a Palavra escrita da Bíblia. A Igreja nasce dessa Palavra e, portanto, se renova, se regenera toda vez que retorna a essa Palavra. Em particular, a Palavra da Escritura está nas mãos da Igreja, a fim de que a Igreja recorra a ela amplamente, e a fim de que se renove nesse contato. De fato, a Igreja, continuamente, se renova, bebendo da fonte da Palavra de Deus, assim como se renova nutrindo-se da Eucaristia."
Eu não aplaudo a palavra só porque sou carismático, não existe isso. A Palavra em si é carismática, pois é inspirada e refletida sob a ação do Espírito Santo.
Queridos, concluo dizendo que: A palavra de Deus deve ser motivo de alegria em nossas celebrações, sejam sacramentais ou sacramentos.
Os preceitos de Deus alegram o coração. Eles nos dão alegria. A obediência aos preceitos de Deus produz uma alegria plena em nosso coração. O vazio de nossa vida é preenchido por esta Palavra. Andar em seus caminhos retos nos faz desfrutam de uma vida de alegria com toda nossa disposição. Como um guia que nos educa: a palavra de Deus nos toma pela mão, e nos guia na estrada reta da vida. Leva-nos a desfrutar de uma satisfação moral, de uma paz na consciência, da certeza de ter tido nosso passado perdoado, da confiança de estar no caminho certo no presente, e da esperança de que nosso futuro será glorioso. Isto enche nosso coração de alegria.
Por isso digo que a palavra de Deus deve ser aclamada sempre. É o Pedagogo Deus que nos conduz à verdade. Viva o Pai, viva o Filho, viva o Espírito que nos inspira e nos ensina. Viva a Trindade Santa. Amém. Que a alegria do Senhor seja a vossa força!
(Ne 8,10).
PE. Fróes
Bibliografia:
• BUYST, Ione. A Palavra de Deus na liturgia. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2004. (Col. Rede Celebra, 1).
• Documento Concílio Vaticano II: Sacrossanctum Concilium (Sagrada Liturgia)
• Documento Concílio Vaticano II: Dei Verbum (Palavra de Deus)
• GUIMARÃES, Marcelo Resende. Conversando com os Pais e Mães da Igreja, Petrópolis: Vozes, 1994.
• IELM - Introdução geral ao elenco das leituras da missa.
• Documento sobre as Missões: AD Gentes (Para os Povos)
• Instrução Geral do Missal Romano: IGMR
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Vocação Mensageiros do Amor
Carissimos,
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.
Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. (Jo 15,12-17)
Jesus nos imprime uma mandamento que resume todo o decálogo, ao usar o pronome possessivo MEU, ele toma para si algo que lhe pertence, algo que faz parte de sua essência, intrínseco de sua natureza humana e divina. Amar uns aos outros é o mandamento, e Ele nos dá uma referência comparativa: Assim como Eu vos amei, o amor de Jesus pela humanidade, o amor que tudo suporta, que não tem inveja, que não tem maldade, esse é o modelo de amor.
Dar a vida pelos outros, prestem atenção: DAR A VIDA, é uma dádiva e uma missão, nossa missão, ser um mensageiro do amor. E ele anuncia que seremos seus amigos se fizermos o que Ele manda, olha a responsabilidade, ser amigo de Jesus passa pelo prisma de fazer o que Ele manda.
Quando conhecemos Jesus, a palavra de Deus nos afirma que nos tornamos filhos de Deus, e irmãos de Jesus, a partir dai ele espera de nós um relacionamento que vai além da filiação, agora tange para algo mais íntimo e a essa intimidade do amor, ele chamou de amizade, Não vos chamo mais de servos e sim AMIGOS.
O mais legal de tudo é que antes de decidirmos por Jesus, antes de você e eu pensarmos que iriamos aceitar a Jesus como Senhor de nossas vidas, a palavra diz que ELE nos amou primeiro, nos chamou primeiro, nos escolheu primeiro, TUDO parte de Jesus, isso é muito importante pois Ele nos recebeu como somos, sem nem imaginarmos que um dia iriamos conhecê-lo, Jesus te amou e te ama do jeito que você é.
Mensageiros nossa vocação é o amor, amar como Jesus amou, Ele é o modelo, a referência, nosso maior exemplo, a responsabilidade de assumir esse chamado é apóstolico, é místico, como diz nosso irmão Rogério.
Irmãos dêem frutos, e maior que isso, que o fruto permaneça, que haja constância nos nossos relacionamentos, nas nossas decisões e na nossa vida.
Daniel Oliveira - Co-fundador Missão Mensageiros do amor.
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.
Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. (Jo 15,12-17)
Jesus nos imprime uma mandamento que resume todo o decálogo, ao usar o pronome possessivo MEU, ele toma para si algo que lhe pertence, algo que faz parte de sua essência, intrínseco de sua natureza humana e divina. Amar uns aos outros é o mandamento, e Ele nos dá uma referência comparativa: Assim como Eu vos amei, o amor de Jesus pela humanidade, o amor que tudo suporta, que não tem inveja, que não tem maldade, esse é o modelo de amor.
Dar a vida pelos outros, prestem atenção: DAR A VIDA, é uma dádiva e uma missão, nossa missão, ser um mensageiro do amor. E ele anuncia que seremos seus amigos se fizermos o que Ele manda, olha a responsabilidade, ser amigo de Jesus passa pelo prisma de fazer o que Ele manda.
Quando conhecemos Jesus, a palavra de Deus nos afirma que nos tornamos filhos de Deus, e irmãos de Jesus, a partir dai ele espera de nós um relacionamento que vai além da filiação, agora tange para algo mais íntimo e a essa intimidade do amor, ele chamou de amizade, Não vos chamo mais de servos e sim AMIGOS.
O mais legal de tudo é que antes de decidirmos por Jesus, antes de você e eu pensarmos que iriamos aceitar a Jesus como Senhor de nossas vidas, a palavra diz que ELE nos amou primeiro, nos chamou primeiro, nos escolheu primeiro, TUDO parte de Jesus, isso é muito importante pois Ele nos recebeu como somos, sem nem imaginarmos que um dia iriamos conhecê-lo, Jesus te amou e te ama do jeito que você é.
Mensageiros nossa vocação é o amor, amar como Jesus amou, Ele é o modelo, a referência, nosso maior exemplo, a responsabilidade de assumir esse chamado é apóstolico, é místico, como diz nosso irmão Rogério.
Irmãos dêem frutos, e maior que isso, que o fruto permaneça, que haja constância nos nossos relacionamentos, nas nossas decisões e na nossa vida.
Daniel Oliveira - Co-fundador Missão Mensageiros do amor.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Maria teve outros filhos?
Mt 13,55-56 e Mc 6,3 igualmente dizem:
"Este não é o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E suas irmãs não estão entre nós?"
Observe: apenas o "carpinteiro" é chamado de "o filho de Maria" e não "um dos filhos de Maria".
Algumas pessoas utilizam esses versículos para "provar" que Maria teve outros filhos. Veja também as seguintes passagens: Mt 12,46, Mc 3,31, Lc 8,19 e Jo 7,5.
Examinemos agora, com mais atenção, a Bíblia...
A palavra "irmãos" aparece aproximadamente 530 vezes na Bíblia; "irmão" aparece aproximadamente 350 vezes; uma variação de "irmãos" aparece uma única vez em Nm 36,11; "irmã" aparece aproximadamente 100 vezes; e "irmãs" aparece aproximadamente 15 vezes.
Irmãos: é o plural da palavra "irmão", conforme definem os dicionários.
Irmão: a palavra hebraica "Ha" é geralmente traduzida para "irmão". Já que o hebraico e o aramaico (no qual o evangelho segundo Mateus foi escrito) possuem bem menos palavras que o inglês ou o português, os judeus daquele tempo empregavam essa palavra num sentido mais amplo para expressar parentesco. Não existiam termos em hebraico para expressar os diferentes níveis e graus de parentesco. "Irmão" pode significar os filhos do mesmo pai e todos os membros masculinos da mesma clã ou tribo.
Em grego, no qual o evangelho segundo Marcos foi escrito, a palavra "irmão" é escrita como "adelphói", do grego "adelphós", significando membro seguidor de uma clã. Mesmo hoje, a palavra "irmão" é empregada com um significado mais extenso, incluindo amigos, aliados, discípulos e compatriotas. Não era diferente na época de Cristo. Em quatro dicionários que pesquisei, encontrei de três a quatro classes de significados para a palavra "irmão".
A primeira classe diz respeito aos filhos dos mesmos pais. As outras duas ou três classes se referem a parentesco, discípulos, uma pessoa íntima, um amigo, membro de uma ordem religiosa, membro de alguma igreja cristã, etc...
Quantas vezes você tem visto os tele-evangelizadores chamarem seus telespectadores de "nossos irmãos e irmãs"? Os adversários de Maria aceitam os três últimos significados para satisfazerem a si mesmos, mas quando se trata de Maria, a Mãe de Deus, eles sempre utilizam o primeiro significado. Isso seria sincero para com ela? Como você explica isso? Veja Nm 8,26, 1Sm 30,23, 2Sm 1,26, 1Rs 9,13, 2Cr 29,34.
Por exemplo, se lermos Gn 29,15: "Então Labão disse a Jacó: por seres meu irmão...", certamente pensaremos que Jacó e Labão eram irmãos de sangue. Agora, se compararmos Gn 29,5: "...Conheceis Labão, filho de Nacor?..." com Gn 25,21-26, perceberemos que Jacó era o filho de Isaac e Rebeca. Labão era o filho de Nacor. Eles não eram irmãos de sangue, mas parentes.
Cristo diz à multidão e aos seus discípulos em Mt 23,1-8: "E vós todos sereis irmãos". Em Mt 12,50 e Mc 3,35, Jesus diz: "Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu, é meu irmão, irmã e mãe". Este versículo diz isso tudo! Em 1Cor 15,6 fala-se que Jesus apareceu a quinhentos "irmãos" de uma só vez. Poderiam todos eles serem irmãos consaguíneos? Dificilmente. Também vemos Pedro falando diante de 120 irmãos em At 1,15-16. Paulo fala de alguém ser "chamado de irmão" em 1Cor 5,11. A Bíblia possui muitos outros versículos semelhantes.
Vamos agora considerar os quatro "irmãos" citados em Mc 6,3: Tiago, José, Simão e Judas...
Mc 15,40: "E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé". Estas eram as pessoas que estavam durante a crucifixão.
Jo 19,25: "Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe (Maria), a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofas e Maria Madalena".
Mt 10,2-3: ...TIAGO, o filho de Alfeu, e "Lebbaeus", cujo apelido era Tadeu". Alfeu é uma tradução alternativa de Cleofas ou Clopas, tratando-se, assim, da mesma pessoa.
At 1,13: "...TIAGO, o filho de Alfeu e SIMÃO zelota e JUDAS, o irmão de TIAGO."
A partir dessas quatro passagens, percebemos que existia uma "outra Maria", que era a esposa de Cleofas (Alfeu), e a mãe dos três "irmãos" de Jesus: Tiago Menor, José e Judas. Isso claramente mostra que Maria, a mãe de Jesus, não era a mãe de Tiago, José e Judas apresentados em Mc 6,3. Para manter Mc 6,3 em harmonia, já que os três não são filhos de Maria, mãe de Jesus, então SIMÃO também não é. SIMÃO é o cananita citado em Mc 3,18, também chamado de zelota em Mt 10,4, Lc 6,15 e At 1,13. Judas, que escreveu a Epístola de Judas, diz que é irmão de Tiago em Jd 1,1. Judas também é chamado de Tadeu em Mt 10,3 e em Mc 3,18. Isso foi feito para distingüí-lo de Judas Iscariotes. Lc 6,16 também distingue os dois ao dizer: "E Judas, o irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor".
Ainda sobre o tópico "Os outros filhos de Maria", tenho um outro ponto a destacar:
Jo 19,26-27: Quando Jesus viu sua mãe e, perto dela, o discípulo que ele amava..." - o discípulo era João, o autor do Evangelho segundo João - "... então ele disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’". Por acaso era João filho de Maria e irmão consanguíneo de Jesus?
Leia os seguintes versículos para conferir:
Mc 1,19: "...ele viu Tiago, o filho de Zebedeu, e JOÃO, seu irmão."
Mc 3,17: "E Tiago, o filho de Zebedeu, e JOÃO, o irmão de Tiago."
Em nenhuma dessas passagens é dito que Jesus viu um irmão consanguíneo ou assim os reconheceu.
Mt 27,56: "Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago."
Mt 20,20: "Tiago (o menor), e José e a mãe dos filhos de Zebedeu."
Mc 15,40: "...entre as quais estavam Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago (o menor) e Salomé, (mãe dos filhos de Zebedeu)".
Lc 24,10: "Eram Maria Madalena... e Maria (a "outra Maria") a mãe de Tiago (o menor).
Uma comparação entre Mt 27,56 e Mc 15,40, claramente mostra que Zebedeu tinha uma esposa que se chamava Salomé. Ela é chamada de "mãe dos filhos de Zebedeu" em Mt 27,56 e Salomé em Mc 15,40. Eles tiveram dois filhos, João e Tiago, conforme Mc 3,17. O JOÃO que está aos pés da cruz e a quem Jesus confia sua mãe, não era filho de Maria, mãe de Jesus, mas do casal Zebedeu e Salomé. Se Jesus tivesse irmãos consanguíneos, por que ele não confiaria Maria aos cuidados destes seus "irmãos"? Seria assim que a lei judaica ordenaria...
Genealogia:
1.Zebedeu e Salomé: geraram Tiago e João
2.Cleofas (Alfeu) e Maria1: geraram Tiago (o menor), José e Judas
3.Espírito Santo e Maria: geraram Jesus, o Cristo
Esta "genealogia" apresenta qual é o verdadeiro parentesco dos "irmãos" apresentados em Mc 6,3 e Mt 13,55, tornando sem efeito o argumento da existência de "irmãos consaguíneos" do Senhor.
Notas Adicionais:
Mt 1,25: "E não a conheceu até que...". O antigo significado da palavra "até" ou "até que" informa uma ação que não ocorreu até certo ponto. Isso não implica que a ação tenha ocorrido depois. Veja Gn 8,7: "Soltou o corvo que foi e não voltou até que as águas secassem sobre a terra" e 2Sm 6,23: "E Micol, a filha de Saul não teve filhos até o dia de sua morte"; será que ela teve filhos após sua morte?.
Lc 1,34: "Então Maria disse ao anjo: ‘como isso poderá acontecer se eu não conheço2 varão?’". Isso significa que Maria não tivera relacionamentos com um homem antes da Anunciação e que, portanto, era virgem.
Lc 2,7: "E ela deu à luz o seu filho primogênito, envolvendo-o com faixas...". Na época da redação dos Evangelhos, a palavra "primogênito" significava o filho que abriu o útero. Veja: Ex 13,2 e Nm 3,12. O fato de Jesus ser primogênito não implica que Maria tenha tido outros filhos; o filho único também é primogênito (é o caso do autor [e - curiosamente - também do tradutor deste artigo]).
Em lugar algum da Bíblia está escrito que Maria, a Mãe de Jesus, teve outros filhos. Então, por que alguns ainda insistem em dizer que ela os teve??
Outras referência bíblicas: Gn 8,7; 25,21-26; 29,5.15; Ex 13,2; Nm 3,12; 8,26; Dt 23,7; 1Sm 30,23; 2Sm 1,26; 6,23; 1Rs 9,13; 2Rs 10,13-14; 2Cr 29,34; Mt 1,25; 4,21; 10,2-4; 12:46; 12,50; 13,55-56; 20,20; 26,26; 27,56.61; 28,1; Mc 1,19; 2,14; 3,17-21.31.35; 6,3; 15,40.47; Lc 1,34; 2,7; 2,41-51; 5,10; 6,16; 8,19; 24,10; Jo 7,2-7, 19,25-27; At 1,13-16; Rm 8,29; 1Cor 5,11; 9,5; 15.6; Gl 1,19; 1Pd 5,12; Jd 1,1.
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1=a outra Maria, Mt 27,56.61, Mt 28,1, Jo 19,25
2Em Lc 1,34 Maria pergunta: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". A pergunta de Maria não é a expressão de uma dúvida, mas um pedido de esclarecimento: fizera voto de virgindade e desejava saber se dele estava dispensada. A pergunta que Maria fez psicologicamente seria inadimissível em uma jovem desposada no momento em que lhe anunciavam o nascimento de um filho futuro, a não ser pela hipótese do voto, que de resto veio confirmada pela razão apresentada: "pois eu não conheço varão", como pela resposta do anjo: "trata-se de uma conceição milagrosa" (Nota encaminhada por nossa visitante Amanda Dantas. N.do T.).
"Este não é o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E suas irmãs não estão entre nós?"
Observe: apenas o "carpinteiro" é chamado de "o filho de Maria" e não "um dos filhos de Maria".
Algumas pessoas utilizam esses versículos para "provar" que Maria teve outros filhos. Veja também as seguintes passagens: Mt 12,46, Mc 3,31, Lc 8,19 e Jo 7,5.
Examinemos agora, com mais atenção, a Bíblia...
A palavra "irmãos" aparece aproximadamente 530 vezes na Bíblia; "irmão" aparece aproximadamente 350 vezes; uma variação de "irmãos" aparece uma única vez em Nm 36,11; "irmã" aparece aproximadamente 100 vezes; e "irmãs" aparece aproximadamente 15 vezes.
Irmãos: é o plural da palavra "irmão", conforme definem os dicionários.
Irmão: a palavra hebraica "Ha" é geralmente traduzida para "irmão". Já que o hebraico e o aramaico (no qual o evangelho segundo Mateus foi escrito) possuem bem menos palavras que o inglês ou o português, os judeus daquele tempo empregavam essa palavra num sentido mais amplo para expressar parentesco. Não existiam termos em hebraico para expressar os diferentes níveis e graus de parentesco. "Irmão" pode significar os filhos do mesmo pai e todos os membros masculinos da mesma clã ou tribo.
Em grego, no qual o evangelho segundo Marcos foi escrito, a palavra "irmão" é escrita como "adelphói", do grego "adelphós", significando membro seguidor de uma clã. Mesmo hoje, a palavra "irmão" é empregada com um significado mais extenso, incluindo amigos, aliados, discípulos e compatriotas. Não era diferente na época de Cristo. Em quatro dicionários que pesquisei, encontrei de três a quatro classes de significados para a palavra "irmão".
A primeira classe diz respeito aos filhos dos mesmos pais. As outras duas ou três classes se referem a parentesco, discípulos, uma pessoa íntima, um amigo, membro de uma ordem religiosa, membro de alguma igreja cristã, etc...
Quantas vezes você tem visto os tele-evangelizadores chamarem seus telespectadores de "nossos irmãos e irmãs"? Os adversários de Maria aceitam os três últimos significados para satisfazerem a si mesmos, mas quando se trata de Maria, a Mãe de Deus, eles sempre utilizam o primeiro significado. Isso seria sincero para com ela? Como você explica isso? Veja Nm 8,26, 1Sm 30,23, 2Sm 1,26, 1Rs 9,13, 2Cr 29,34.
Por exemplo, se lermos Gn 29,15: "Então Labão disse a Jacó: por seres meu irmão...", certamente pensaremos que Jacó e Labão eram irmãos de sangue. Agora, se compararmos Gn 29,5: "...Conheceis Labão, filho de Nacor?..." com Gn 25,21-26, perceberemos que Jacó era o filho de Isaac e Rebeca. Labão era o filho de Nacor. Eles não eram irmãos de sangue, mas parentes.
Cristo diz à multidão e aos seus discípulos em Mt 23,1-8: "E vós todos sereis irmãos". Em Mt 12,50 e Mc 3,35, Jesus diz: "Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu, é meu irmão, irmã e mãe". Este versículo diz isso tudo! Em 1Cor 15,6 fala-se que Jesus apareceu a quinhentos "irmãos" de uma só vez. Poderiam todos eles serem irmãos consaguíneos? Dificilmente. Também vemos Pedro falando diante de 120 irmãos em At 1,15-16. Paulo fala de alguém ser "chamado de irmão" em 1Cor 5,11. A Bíblia possui muitos outros versículos semelhantes.
Vamos agora considerar os quatro "irmãos" citados em Mc 6,3: Tiago, José, Simão e Judas...
Mc 15,40: "E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé". Estas eram as pessoas que estavam durante a crucifixão.
Jo 19,25: "Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe (Maria), a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofas e Maria Madalena".
Mt 10,2-3: ...TIAGO, o filho de Alfeu, e "Lebbaeus", cujo apelido era Tadeu". Alfeu é uma tradução alternativa de Cleofas ou Clopas, tratando-se, assim, da mesma pessoa.
At 1,13: "...TIAGO, o filho de Alfeu e SIMÃO zelota e JUDAS, o irmão de TIAGO."
A partir dessas quatro passagens, percebemos que existia uma "outra Maria", que era a esposa de Cleofas (Alfeu), e a mãe dos três "irmãos" de Jesus: Tiago Menor, José e Judas. Isso claramente mostra que Maria, a mãe de Jesus, não era a mãe de Tiago, José e Judas apresentados em Mc 6,3. Para manter Mc 6,3 em harmonia, já que os três não são filhos de Maria, mãe de Jesus, então SIMÃO também não é. SIMÃO é o cananita citado em Mc 3,18, também chamado de zelota em Mt 10,4, Lc 6,15 e At 1,13. Judas, que escreveu a Epístola de Judas, diz que é irmão de Tiago em Jd 1,1. Judas também é chamado de Tadeu em Mt 10,3 e em Mc 3,18. Isso foi feito para distingüí-lo de Judas Iscariotes. Lc 6,16 também distingue os dois ao dizer: "E Judas, o irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor".
Ainda sobre o tópico "Os outros filhos de Maria", tenho um outro ponto a destacar:
Jo 19,26-27: Quando Jesus viu sua mãe e, perto dela, o discípulo que ele amava..." - o discípulo era João, o autor do Evangelho segundo João - "... então ele disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe’". Por acaso era João filho de Maria e irmão consanguíneo de Jesus?
Leia os seguintes versículos para conferir:
Mc 1,19: "...ele viu Tiago, o filho de Zebedeu, e JOÃO, seu irmão."
Mc 3,17: "E Tiago, o filho de Zebedeu, e JOÃO, o irmão de Tiago."
Em nenhuma dessas passagens é dito que Jesus viu um irmão consanguíneo ou assim os reconheceu.
Mt 27,56: "Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago."
Mt 20,20: "Tiago (o menor), e José e a mãe dos filhos de Zebedeu."
Mc 15,40: "...entre as quais estavam Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago (o menor) e Salomé, (mãe dos filhos de Zebedeu)".
Lc 24,10: "Eram Maria Madalena... e Maria (a "outra Maria") a mãe de Tiago (o menor).
Uma comparação entre Mt 27,56 e Mc 15,40, claramente mostra que Zebedeu tinha uma esposa que se chamava Salomé. Ela é chamada de "mãe dos filhos de Zebedeu" em Mt 27,56 e Salomé em Mc 15,40. Eles tiveram dois filhos, João e Tiago, conforme Mc 3,17. O JOÃO que está aos pés da cruz e a quem Jesus confia sua mãe, não era filho de Maria, mãe de Jesus, mas do casal Zebedeu e Salomé. Se Jesus tivesse irmãos consanguíneos, por que ele não confiaria Maria aos cuidados destes seus "irmãos"? Seria assim que a lei judaica ordenaria...
Genealogia:
1.Zebedeu e Salomé: geraram Tiago e João
2.Cleofas (Alfeu) e Maria1: geraram Tiago (o menor), José e Judas
3.Espírito Santo e Maria: geraram Jesus, o Cristo
Esta "genealogia" apresenta qual é o verdadeiro parentesco dos "irmãos" apresentados em Mc 6,3 e Mt 13,55, tornando sem efeito o argumento da existência de "irmãos consaguíneos" do Senhor.
Notas Adicionais:
Mt 1,25: "E não a conheceu até que...". O antigo significado da palavra "até" ou "até que" informa uma ação que não ocorreu até certo ponto. Isso não implica que a ação tenha ocorrido depois. Veja Gn 8,7: "Soltou o corvo que foi e não voltou até que as águas secassem sobre a terra" e 2Sm 6,23: "E Micol, a filha de Saul não teve filhos até o dia de sua morte"; será que ela teve filhos após sua morte?.
Lc 1,34: "Então Maria disse ao anjo: ‘como isso poderá acontecer se eu não conheço2 varão?’". Isso significa que Maria não tivera relacionamentos com um homem antes da Anunciação e que, portanto, era virgem.
Lc 2,7: "E ela deu à luz o seu filho primogênito, envolvendo-o com faixas...". Na época da redação dos Evangelhos, a palavra "primogênito" significava o filho que abriu o útero. Veja: Ex 13,2 e Nm 3,12. O fato de Jesus ser primogênito não implica que Maria tenha tido outros filhos; o filho único também é primogênito (é o caso do autor [e - curiosamente - também do tradutor deste artigo]).
Em lugar algum da Bíblia está escrito que Maria, a Mãe de Jesus, teve outros filhos. Então, por que alguns ainda insistem em dizer que ela os teve??
Outras referência bíblicas: Gn 8,7; 25,21-26; 29,5.15; Ex 13,2; Nm 3,12; 8,26; Dt 23,7; 1Sm 30,23; 2Sm 1,26; 6,23; 1Rs 9,13; 2Rs 10,13-14; 2Cr 29,34; Mt 1,25; 4,21; 10,2-4; 12:46; 12,50; 13,55-56; 20,20; 26,26; 27,56.61; 28,1; Mc 1,19; 2,14; 3,17-21.31.35; 6,3; 15,40.47; Lc 1,34; 2,7; 2,41-51; 5,10; 6,16; 8,19; 24,10; Jo 7,2-7, 19,25-27; At 1,13-16; Rm 8,29; 1Cor 5,11; 9,5; 15.6; Gl 1,19; 1Pd 5,12; Jd 1,1.
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1=a outra Maria, Mt 27,56.61, Mt 28,1, Jo 19,25
2Em Lc 1,34 Maria pergunta: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". A pergunta de Maria não é a expressão de uma dúvida, mas um pedido de esclarecimento: fizera voto de virgindade e desejava saber se dele estava dispensada. A pergunta que Maria fez psicologicamente seria inadimissível em uma jovem desposada no momento em que lhe anunciavam o nascimento de um filho futuro, a não ser pela hipótese do voto, que de resto veio confirmada pela razão apresentada: "pois eu não conheço varão", como pela resposta do anjo: "trata-se de uma conceição milagrosa" (Nota encaminhada por nossa visitante Amanda Dantas. N.do T.).
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